Extensão

Núcleo que atua por direitos humanos e cidadania LGBT estreia novo portal​

Espaço virtual do NUH é renovado no mês de combate à LGBT+fobia e reúne informações sobre os diversos campos de interesse dessa população​

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Primeira página do portal do NUHImagem: captura de tela

As atividades digitais do mês de luta contra a LGBT+fobia ganharam um reforço importante na UFMG: o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH) estreou novo portal. No espaço virtual reformulado, com visual mais minimalista, o grupo de pesquisa, sediado na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade (Fafich), buscou ampliar os conteúdos e evidenciar ainda mais conexões do grupo de pesquisa da UFMG com grupos e frentes de trabalho de outras instituições.

De acordo com o coordenador do NUH, o professor do Departamento de Psicologia da Fafich Marco Aurélio Máximo Prado, a nova casa virtual do Núcleo é fruto de longo trabalho. “Pensamos no espaço como um portal. Ele está estruturado nos eixos de educação, segurança pública, direitos humanos, justiça, saúde e informa sobre todas as atividades que o NUH desenvolve com redes de ensino, pesquisa e extensão que atravessam esses eixos”, explica Prado. 

A intenção, de acordo com o coordenador, é que o portal tenha notícias de pesquisadores e pesquisadoras vinculados ao NUH, à UFMG e a outras universidades brasileiras que desenvolvam projetos de pesquisa em colaboração. 

Informação contra o preconceito
No Brasil, país com o maior número de homicídios motivados por ódio às pessoas LGBT+, de acordo com levantamento do Grupo Gay da Bahia, dispor de um espaço virtual para o compartilhamento de informações qualificadas acerca de sexualidade e gênero é importante para combater a discriminação, a opressão, a invisibilização e todas as formas de violência contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queers, intergêneros, intersexuais, assexuais, arromânticas, pansexuais, não binárias e de outras orientações não heterossexuais e identidades não cisgênero. 

Atuação em rede
Um portal é um conjunto de sites, e cada site, por sua vez, é um conjunto de páginas, segundo a definição clássica do campo da tecnologia da informação. Quando o usuário acessa um endereço virtual, ela clica em links que darão acesso a outros ambientes, em uma grande rede. Com a produção científica, ocorre algo similar: um estudo cita e leva a outro, um pesquisador cita outro, formando redes de conhecimento. E é no contexto de atuação em rede, considerando tanto a ciência quanto a web, que o Portal do NUH foi concebido.

“Ele dá acesso a outros sites, de outros projetos de pesquisa em redes, e também a iniciativas de educação para diversidade, baseados em pesquisas sobre a população trans e travestis de Belo Horizonte. Assim, o novo portal pretende ser uma porta de acesso a muitas outras informações de uma rede de pesquisa pelo Brasil”, explica Marco Aurélio Prado.

O novo espaço virtual também integra conteúdos especiais do NUH para plataformas de redes sociais, como Instagram e Facebook, e também o canal do YouTube, que tem vídeos com grande número de visualizações. Outro destaque é o acesso via Portal do NUH a um acervo de memória. “É o nosso lançamento deste ano, o acervo da história da população LGBT de Belo Horizonte, que se chama Acervo Cintura Fina e que ficará na biblioteca da Fafich”, conta o coordenador. A coleção será formada por doações de acervos privados e de pesquisadores, como o do arquivista Luiz Morando, investigador da história LGBT de Belo Horizonte.

Conheça o novo portal do NUH UFMG.

Ruleandson do Carmo