Tese investiga o passado e o presente das tecnologias do hidrogênio
Tema de episódio do programa ‘Aqui tem ciência’, estudo feito na UFMG analisou distintas fases do desenvolvimento desses dispositivos
![Arquivo pessoal Marina Domingues estudou dispositivos que buscam armazenar e distribuir o hidrogênio](https://ufmg.br/thumbor/42rVui_fgtABWBSzGlynVoVhCHc=/0x0:1280x959/1280x959/https://ufmg.br/storage/b/2/5/a/b25a1e962c5071625cd0d250f10ba6b6_16315460649942_73967321.jpeg)
Pesquisas realizadas em diversos países indicam que o aquecimento global tem sido causado por atividades humanas. Especialistas ressaltam a necessidade de haver redução forte e sustentada das emissões de dióxido de carbono e de outros gases de efeito estufa. Esses gases são liberados, por exemplo, na queima de combustíveis fósseis, como a gasolina e o carvão. Nos últimos anos, governos e empresas vêm promovendo, cada vez mais, o uso de tecnologias do hidrogênio, dispositivos que geram fontes de energia alternativas e renováveis.
Estudo feito na UFMG investigou duas fases do desenvolvimento dessas tecnologias. A economista Marina Domingues Fernandes, que fez o trabalho em seu doutorado no Programa de Pós-graduação em Inovação Tecnológica e Biofarmacêutica da Universidade, pesquisou os modos como as tecnologias do hidrogênio foram tratadas, internacionalmente, entre os anos de 2000 e 2020. A pesquisadora analisou a influência, nesse período, da transição entre dois paradigmas tecnoeconômicos: o da era do automóvel e produção em massa e o da era da informação e comunicação.
No episódio 84 do programa Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa, Marina Domingues Fernandes aborda esses paradigmas e explica como eles afetaram o desenvolvimento das tecnologias do hidrogênio. A economista apresenta, também, outros resultados do estudo, que não apenas descreveu as características de duas fases desse desenvolvimento, mas também mostrou como o processo tem atingido países periféricos, de desenvolvimento tecnológico tardio, como os latino-americanos. A pesquisa observou que, nesses países, tecnologias de hidrogênio vêm sendo estimuladas, sobretudo, por empresas subsidiárias de multinacionais.
A pesquisadora comenta, ainda, a situação específica do Brasil, que já exerceu liderança no cenário internacional desse conjunto de tecnologias. Ouça o programa e saiba por que o país precisa investir mais nesses dispositivos.
Raio-x da pesquisa
Tese: Desenvolvimento de tecnologias viabilizadoras da energia do hidrogênio a partir do design dominante e paradigmas tecnoeconômicos
O que é: tese de doutorado que analisa a dinâmica dos paradigmas tecnoeconômicos influenciou o design de tecnologias do hidrogênio de 2000 a 2020. Outro objetivo foi analisar as diferenças nas atividades de design entre países líderes e/ou de rápida adoção tecnológica (centro) e países de desenvolvimento tecnológico tardio (periferia).
Pesquisadora: Marina Domingues Fernandes
Programa: pós-graduação em Inovação Tecnológica e Biofarmacêutica
Orientador: Rubén Dario Sinisterra Millan
Coorientadora: Márcia Siqueira Rapini
Ano da defesa: 2021
Financiamento: Capes, CNPq e Fapemig
O episódio 84 do programa Aqui tem ciência tem produção, edição e apresentação de Tiago de Holanda. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.
O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados do trabalho de um pesquisador da Universidade.
O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.