No auge da pandemia da covid-19, a população de Belo Horizonte foi a que mais digitou o termo delivery, em abril de 2020, nas plataformas de busca. Também foi identificado aumento de 200% na tendência de interesse pela busca do termo hortifruti delivery, segundo informações do Google Trends.

Esses elementos motivaram a pesquisadora Andrea Fraga, autora de dissertação de mestrado defendida no Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento da Escola de Ciência da Informação da UFMG, a investigar os fatores  relacionados ao aumento do consumo de frutas, verduras e hortaliças com entrega na casa do cliente.

A pesquisa foi realizada em duas etapas. Na primeira, foram coletados dados com base em entrevistas em profundidade feitas com dez pessoas a distância, em razão das medidas restritivas do início da pandemia. Na segunda etapa, aplicou-se questionário on-line a 1.470 pessoas. Após a filtragem e a exclusão de respostas duplicadas e inconsistentes, 386 questionários foram considerados válidos.

Um dos resultados do estudo que chamou a atenção da autora é que o preço não chegou a ser impeditivo para a compra de produtos naturais por delivery, inclusive para consumidores de classes sociais menos favorecidas. Praticidade, comodidade e conveniência foram alguns dos fatores citados pelos participantes para aderir ao serviço. 

Saiba mais no novo episódio do Aqui tem ciência:

Raio-x  da pesquisa

Título: Comportamento de compra de produtos alimentícios in natura por 'delivery' durante a pandemia: o conhecimento gerado a partir de percepções dos consumidores brasileiros

O que é: Dissertação de mestrado que, por meio de entrevistas em profundidade e questionário on-line aplicado a consumidores, apresenta investigação sobre as motivações da compra de frutas, verduras e hortaliças com entrega na casa do cliente durante a pandemia da covid-19 

Autora: Andréa Fraga Dias Campos

Programa de Pós-graduação: Gestão e Organização do Conhecimento

Orientadora: Marlusa de Sevilha Gosling

Financiamento: Fapemig

O episódio 156 do Aqui tem ciência foi produzido por Alessandra Ribeiro, que também apresenta o programa, e os trabalhos técnicos são de Cláudio Zazá. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos realizados na UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa reporta os resultados de um trabalho de pesquisa desenvolvido na Universidade. 

O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast, como o Spotify, e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às sextas, às 20h.