Notícias Externas

Peça 'A Valsa de Lili' faz temporada em Belo Horizonte

Inspirada no livro autobiográfico 'Pulmão de Aço', produção dirigida por Débora Dubois traz uma única personagem

Sucesso de público e crítica em São Paulo e Brasília, o espetáculo consiste num monólogo encenado por Débora Duboc
Sucesso de público e crítica em São Paulo e Brasília, espetáculo é um monólogo encenado por Débora Duboc Divulgação


Segue em cartaz até a próxima segunda-feira, 20, a peça A Valsa de Lili. Inspirado no livro autobiográfico Pulmão de Aço, de Eliana Zagui, o espetáculo promove o contato da plateia com uma única personagem, que está fisicamente paralisada, mas encontra-se intelectual e emocionalmente livre. Dirigido por Débora Dubois e encenado por Débora Duboc, A Valsa de Lili é indicado ao Prêmio Aplauso Brasil nas categorias de Melhor Texto, Melhor Atriz e Desenho de Luz. Atriz e diretora unem-se para contar a história dessa mulher extraordinária, que sofre de paralisia e movimenta apenas a cabeça. O texto do dramaturgo Aimar Labaki constrói, de forma delicada e emocionante, a história de Lili, que tanto em vida quanto na narrativa vive numa UTI há quase 40 anos, desde os dois anos de idade, por conta de uma poliomielite mal diagnosticada. 

O programa Noite Ilustrada desta sexta-feira, 17, recebeu a diretora da peça, Débora Dubois, para contar um pouco mais sobre a história de Lili e de Eliana Zagui e como se deu o processo de adaptação dessa trajetória para o teatro. A entrevistada observou que a recepção da montagem tem sido diferente após a experiência da pandemia de covid-19, que transformou a forma como o público absorve e responde às reflexões propostas pela personagem. O primeiro momento da peça consiste numa recapitulação da vida da protagonista, enquanto o segundo é totalmente dedicado a essas contemplações, que dialogam com questões presentes na vida de todos que foram debilitados em algum aspecto pelo período dos últimos dois anos. 

Expressando carinho e admiração, Dubois contou que Eliana Zagui é muito ativa nas redes sociais e aprecia as interações com o público do espetáculo. A convidada comentou sobre a marcante presença feminina na produção, que é estrelada e dirigida por mulheres que contam a história de uma mulher real, e também sobre o trabalho de composição da atmosfera da peça, através do jogo de luzes. É um espetáculo imersivo, que traz a força do monólogo no discurso da atriz, Duboc, mas também a leveza. “A Lili faz da peça uma coisa que não é dura, ela faz da peça uma coisa reflexiva. Você vai pra se ver, não para assistir a Lili. É uma peça que eu digo que é um olhar para si”, explicou a diretora.

Ouça a entrevista completa no Soundcloud.

A Valsa de Lili faz temporada no CCBB BH, com sessões de sexta a segunda, sempre às 20h. Os ingressos estão disponíveis no site do CCBB. Para participar de eventos presenciais durante a pandemia de forma segura, o distanciamento, higienização das mãos e uso das máscaras seguem essenciais.

Produção: Maron Filho e Flora Quaresma, sob orientação de Luiza Glória e Alessandra Dantas
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Hugo Rafael