Pesquisadoras da UFMG são nomeadas embaixadoras do Parent in Science
Iniciativa, que surgiu na UFRGS, promove estudos sobre os impactos da maternidade na carreira científica
![Instagram / Parent in Science Cientistas da UFMG ingressaram no projeto junto com outras acadêmicas de instituições do Sudeste](https://ufmg.br/thumbor/gOVJdRKi3g7XGOtguxu1_kd-fZk=/0x44:596x441/712x474/https://ufmg.br/storage/e/9/0/f/e90f38b7bc2dea853d3853f48d3b76ea_16076157460762_1066281892.jpg)
As professoras Viviane Alves (Instituto de Ciências Biológicas), Lívia Zina (Faculdade de Odontologia) e Rosaline Silva (Instituto de Geociências) e as pós-graduandas Bianca Retes Carvalho (Antropologia) e Gisele Camilo da Mata (Educação) são as novas embaixadoras do projeto Parent in Science, sediado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desde 2016, o movimento promove pesquisas e discussões sobre os impactos da chegada dos filhos na carreira de cientistas no Brasil, especialmente de mulheres.
Segundo a professora Rosaline Silva, as acadêmicas da UFMG ingressaram no Parent in Science após se inscreverem em edital lançado no início do ano. A chamada teve o intuito de expandir as ações da iniciativa para todo o Brasil, mediante o entendimento de que existem contextos locais e regionais que influenciam as realidades vividas por cientistas.
“Estamos agora iniciando um mapeamento nas pró-reitorias, com o objetivo de verificar os atuais programas, ações afirmativas ou diretrizes relacionadas à maternidade e à paternidade na UFMG. O passo seguinte será a execução de ações concretas”, informa a professora do IGC.
Pioneirismo
O Parent in Science conta com 18 cientistas na coordenação central e 73 embaixadores de centros de pesquisa de todo o Brasil. O grupo foi pioneiro no levantamento de dados quantitativos sobre as implicações da maternidade e da paternidade na carreira científica. Um de seus estudos demonstrou que diminui o número de publicações após o nascimento dos filhos. Em contrapartida, no caso de cientistas sem filhos, a produção aumenta de maneira linear ao longo da carreira.
Em abril deste ano, o Parent in Science publicou carta na revista Science em que alerta para o provável aumento da disparidade de gênero na produção acadêmica, em decorrência da pandemia, já que os cuidados com os filhos e as tarefas domésticas são responsabilidades atribuídas, na maior parte das famílias, às mulheres. O grupo também realizou pesquisa sobre as condições de trabalho remoto, com a participação de mais de 14 mil cientistas. Os resultados mostraram que as mulheres com filhos foram as mais prejudicadas pelo regime remoto.
Visite a página do Parent in Science no Instagram.