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Pesquisadoras debatem comunicação pública e institucional na universidade

Nesta quarta, 30, especialistas vão abordar visibilidade, legitimidade e interesse público; webinar abre colóquio que terá eventos até o final do ano

A locutora Michelle Bruck, no estúdio da Rádio UFMG Educativa
A locutora Michelle Bruck, no estúdio da Rádio UFMG Educativa UFMG

A comunicação pública e institucional na universidade é o tema de webinar que abre nesta terça, 30 de setembro, o 3º Colóquio Universidade e Comunicação Pública. O encontro será das 10h às 12h, com transmissão pelo canal da CAC-UFMG no YouTube.

A professora Eugenia Barichello, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), vai falar sobre os “desafios da visibilidade midiática e da legitimidade das instituições”, e a professora Maria Helena Weber, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vai abordar os sistemas e estratégias de comunicação pública no Brasil, com foco no “paradoxo da visibilidade e interesse público”.

O webinar será aberto pela reitora Sandra Goulart Almeida e pela professora Fábia Lima, diretora do Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom), que promove o colóquio. O jornalista Marcílio Lana, coordenador executivo do Cedecom, fará a moderação.

Eugenia Barichello: visibilidade midiática
Eugenia Barichello: visibilidade midiática Acervo pessoal

O 3º Colóquio dá sequência à série iniciada em 2017 pelo Cedecom com o objetivo geral de promover reflexões acerca da comunicação pública, com foco na universidade. Nos dois primeiros colóquios, os assuntos foram as mídias sonoras e as mídias textuais. Até o final de 2020, haverá sete eventos – quatro webinars de discussões temáticas, abertos ao público em geral, e três “trocas formativas”, cujo público-alvo preferencial é formado pelas equipes do Cedecom, da rede de assessorias de comunicação de unidades da UFMG e comunidade de interesse.

Demandas inéditas
A professora Fábia Lima ressalta a importância de retomar a série de colóquios quando há novos desafios gerados pela necessidade de falar com a sociedade e os públicos internos no contexto da pandemia de covid-19. “É muito oportuno voltar a pensar sobre nossas práticas neste momento. Nesses seis meses de trabalho remoto, nossa atividade foi intensificada, e tivemos que nos reinventar para dar conta de tantas demandas inéditas”, diz a diretora do Cedecom.

Promover o debate sobre o tema significa, segundo Fábia Lima, reforçar o compromisso do Cedecom com a missão da UFMG, que é produzir conhecimento relevante e dar respostas consistentes às questões sociais. “A sociedade tem reconhecido o trabalho desenvolvido nas universidades públicas, e a comunicação ganha ainda mais importância estratégica. Precisamos estar atentos às mudanças nas formas de interação com os diversos públicos para sermos capazes de repensar e renovar nossas práticas.”

Os temas e os especialistas convidados foram sugeridos por profissionais e bolsistas do Cedecom. Os próximos webinars, que ainda não têm datas definidas, vão tratar de reputação, identidade e imagem; práticas jornalísticas, assessoria de imprensa e notícia institucional; convergência midiática e publicidade social de interesse público. O foco das trocas formativas vai recair sobre desafios da comunicação pública e experiências em universidades públicas.

Maria Helena Weber:
Maria Helena Weber: paradoxo da visibilidadeUlbra (RS)

Pesquisadoras
Eugenia Mariano da Rocha Barichello leciona na graduação e na pós-graduação em Comunicação da UFSM, pesquisa e atua na área de comunicação institucional e organizacional e tem se dedicado a questões como visibilidade midiática, media ecology e midiatização das práticas sociais. Doutora em Comunicação pela UFRJ, fez estágio pós-doutoral na University College of London. É líder do Grupo de Pesquisa em Comunicação Institucional e Organizacional (CNPq) e escreveu ou organizou 15 livros e 40 capítulos. Esteve à frente da Coordenadoria de Comunicação da UFSM em 2018 e 2019.

Maria Helena Weber atua no Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFRGS, coordena o grupo de pesquisa Núcleo de Comunicação Pública e Política (Nucop) e o Observatório de Comunicação Pública. É doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ e mestre em Sociologia pela UFRGS. Sua produção científica e suas atividades estão vinculadas especialmente à comunicação política e à comunicação pública. Integrou a coordenação das assessorias de comunicação do Ministério da Educação, da Prefeitura de Porto Alegre e da UFRGS.

Itamar Rigueira Jr.