Ensino

Pós-graduação da UFMG tem três vezes mais programas com notas 6 e 7 que a média nacional

Resultado final da avaliação quadrienal da Capes, divulgado nesta semana após análise de pedidos de reconsideração, atesta que 68% dos PPGs da instituição são de excelência

Laboratório que integra a infraestrutura de pesquisa e pós-graduação do ICB
Atividade em laboratório que integra a infraestrutura de pesquisa e pós-graduação do ICB Foto: Lucas Braga | UFMG

O resultado final da avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação (PPGs) realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgado na segunda-feira, 19, confirma a evolução consistente na qualidade dos cursos de mestrado e doutorado mantidos pela UFMG. Os números, obtidos após reconsideração do resultado preliminar divulgado na segunda quinzena de setembro, atestam que a UFMG tem 44,4% de seus programas avaliados com as notas 6 e 7, percentual quase três vezes superior à média nacional, que é de 15%.

Esse resultado está consolidado na avaliação dos pedidos de reconsideração feita pelo Conselho Técnico-científico da Educação Superior (CTC-ES) da Capes. Na avaliação anterior, divulgada em 2017, 34 programas da UFMG haviam alcançado notas 6 e 7. Agora, 40 atingiram esse patamar. "Esses números ajudam a explicar o papel de destaque hoje ocupado pela UFMG no sistema nacional de pós-graduação", afirma a pró-reitora de Pós-graduação, Isabela Pordeus.

Quando considerados também os programas com nota 5 – avaliação máxima que pode ser alcançada pelos programas de mestrado –, 68% dos PPGs da UFMG passam a ser considerados de excelência. Na fase preliminar, esse percentual era de 65,5%. “O número é ainda mais satisfatório quando comparado ao da quadrienal de 2017, em que registramos 61,1% de cursos com avaliação de excelência”, acrescenta o pró-reitor adjunto, Eduardo Soares Neves Silva.

A UFMG tem hoje 79 programas de pós-graduação acadêmicos e 11 mestrados profissionais, sendo quatro estruturados em rede com outras instituições de ensino superior brasileiras. Dos 90 PPGs, 29 elevaram suas notas, e 56 mantiveram a nota obtida na avaliação anterior. O aumento global nas notas da UFMG foi de 29,4% em programas que receberam 7 (de 17, na avaliação anterior, para 22, na atual) e de 5,9% naqueles com 6 (de 17 para 18). Entre os programas de mestrado profissional, quatro obtiveram a nota máxima (5) – frente a 1 da avaliação anterior –, e outros quatro foram avaliados com nota 4.

Excelência distribuída e autoavaliação
Para a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o resultado final da avaliação quadrienal ratifica a excelência da pós-graduação da UFMG, distribuída entre diferentes níveis e áreas do conhecimento.

“Há uma clara tendência de crescimento de nossa pós-graduação. E ela foi reforçada nessa avaliação final, já que alguns cursos tiveram seus pedidos de reconsideração aceitos, o que elevou o nosso percentual de excelência. Nossa pós-graduação está muito bem distribuída entre programas acadêmicos e profissionais, em todos os níveis e em todas as áreas do conhecimento”, destaca a reitora.

Segundo a pró-reitora Isabela Pordeus, o resultado final confirma também a importância da política de autoavaliação dos programas de pós-graduação adotada pela UFMG, com a participação dos corpos docente, discente e técnico-administrativo. Instrumento estratégico para o plano de desenvolvimento institucional da pós-graduação na UFMG, essa política envolveu, ao longo de dois anos, todos os setores que compõem os 90 programas da Universidade. 

O documento será divulgado e debatido de forma ampla com a comunidade acadêmica no primeiro semestre de 2023, a fim de subsidiar as ações estratégicas que serão adotadas na pós-graduação nos próximos anos.

Hugo Rafael