Arte e Cultura

Luiz Nazario, da EBA, fala sobre a economia do cinema no projeto 'Aulas abertas'

Em vídeo, professor afirma que a pandemia desafia diretores e defende a necessidade de distanciamento temporal para avaliar a obra de um cineasta

Luiz Nazario destaca as dificuldades sofridas por cineastas antigamente
Luiz Nazário: diretores hoje considerados geniais foram desprezados em seu tempoReprodução | YouTube

O convidado desta semana do projeto Aulas abertas, do Centro Cultural UFMG, é o professor Luiz Nazario, da Escola de Belas Artes. À luz da enciclopédia de Roger Manvell, ele discorre sobre a economia do cinema, citando os cineastas Luchino Visconti, Alfred Hitchcock, François Truffaut e Charles Chaplin. O vídeo está disponível no canal do Centro Cultural UFMG no YouTube.

Para Nazario, a economia do cinema é bastante complexa, pois diretores hoje reconhecidos por suas obras-primas foram perseguidos e até desprezados em seu tempo. “A economia do cinema é algo que as pessoas tentam entender e não conseguem, é um enigma”, afirma Nazario.

Segundo o professor, o tema é amplo e abstrato. Em tempos de pandemia, essa economia é ainda mais complicada, pois se torna quase impossível a realização de um filme, já que os atores não podem nem se tocar. "Um cineasta que hoje é visto como comercial poderá, no futuro, ser considerado um artista. Precisamos de tempo de reflexão para entender isso", afirma. 

Revisão de valores
O professor defende a necessidade de fazer uma reavaliação dos diretores depois de algum tempo e redimensionar o valor de suas obras. "A história é sempre uma revisão desses valores e uma redescoberta de valores que foram menosprezados em seu tempo."

Luiz Nazario é historiador da arte, crítico de cultura e escritor. Colabora atualmente para o caderno Aliás, do jornal O Estado de São Paulo. Escreveu e dirigiu o primeiro longa-metragem em animação de Minas Gerais, a Trilogia do caos (2001-2016), que foi produzido por jovens artistas da Escola de Belas Artes. É autor dos livros Da natureza dos monstros (1988), As sombras móveis (1999), Todos os corpos de Pasolini (2007) e O cinema errante (2013).

O projeto Aulas abertas promove reflexões sobre questões contemporâneas nos campos da arte, cultura  e comportamento. Apesar do nome, não se trata de aulas convencionais, mas discussões contextualizadas pelo olhar científico e humano. A cada semana, uma nova aula é publicada nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) e no site da Instituição.

Com Assessoria de Comunicação do Centro Cultural UFMG