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Programa Conexões repercute um ano de rompimento de barragem da Vale em Brumadinho

Coordenador do Manuelzão, Marcus Vinicius Polignano, falou consequências do crime ambiental e humano; amanhã, grupo de extensão participa de dia de mobilização na cidade

Ato na ALMG em homenagem às vítimas da barragem da Vale
Ato na ALMG em homenagem às vítimas da barragem da Vale Foto: Movimento dos Atingidos por Barragens

No dia 25 de janeiro de 2019, a cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi cenário de um dos maiores crimes ambientais do país, quando a barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, rompeu-se, desencadeando uma avalanche de lama, que varreu construções e deixou, até o último saldo divulgado pelas autoridades, 259 pessoas mortas e 11 desaparecidas. 

A finalidade da barragem, construída em 1976, era a deposição de rejeitos provenientes das atividades de mineração. O rompimento ocorreu no início da tarde de uma sexta-feira e nenhum aviso sonoro foi emitido. Por conta disso, muitas pessoas, incluindo moradores da região e funcionários da própria Vale, não conseguiram deixar o local a tempo.

O que ocorreu em Brumadinho pode ser considerado como o segundo maior desastre industrial do século e o maior acidente de trabalho do Brasil, e ocorreu apenas três anos após rompimento da barragem do Fundão, na cidade de Mariana, também em Minas Gerais, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Brasil. Além do grande número de pessoas mortas, esses crimes também causaram e continuam causando diversos impactos ambientais, principalmente na bacia hidrográfica do Rio Paraopeba. 

Nesta sexta-feira, 24, o coordenador do projeto Manuelzão, Marcus Vinicius Polignano, professor da Faculdade de Medicina da UFMG, falou sobre as atuais repercussões, um ano após o rompimento da barragem, em entrevista ao programa Conexões.

Ouça a conversa com Hugo Rafael

A fim de não deixar esse fato cair no esquecimento, entidades como o projeto Manuelzão, da UFMG, promovem, neste mês o Janeiro Marrom -  Mês de alerta sobre a mineração e o crime da Vale em Brumadinho. Neste sábado, 25, haverá uma mobilização de agentes, entidades, grupos sociais e atingidos em Brumadinho. Outras informações você encontra no site do Janeiro Marrom.

Nesta semana, o programa Outra Estação, produção do núcleo de jornalismo da Rádio UFMG Educativa, abordou o tema, com depoimentos de pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, balanço das investigações e perspectivas para a recuperação do município.

Produção de Bruno Esteves e Alexandre Miranda, sob orientação de Hugo Rafael e Gabriela Sorice