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Projeto 'Periferia viva' combate a pandemia em vilas e favelas

Rede de mobilização que conta com participação da UFMG busca garantir dignidade às populações mais vulneráveis

Morro das Pedras
Comunidade do Morro das Pedras, em BHMinistério do Planejamento

Lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos e usar constantemente álcool em gel 70 são algumas das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater o coronavírus. São hábitos que parecem simples, mas que infelizmente não estão ao alcance de todos no Brasil. Como a população mais pobre e em situação de vulnerabilidade pode então seguir essas recomendações? Muitos não têm acesso à água ou condições de comprar álcool em gel e moram em cômodos apertados e superlotados, o que favorece a infecção pelo vírus.

Diante dessas ameaças à vida em tempo de pandemia, foi criada a rede Periferia viva – força-tarefa Covid-19. O objetivo do projeto é conectar as iniciativas, campanhas e demandas da sociedade civil organizada em áreas como segurança alimentar, saúde mental e geração de renda destinadas a populações em situação de vulnerabilidade. A rede, que atua prioritariamente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nasceu de parceria entre a Associação Imagem Comunitária (AIC), o Fórum das Juventudes da Grande BH, a Laço Associação de Apoio Social e o grupo de pesquisa Mobiliza, da UFMG. 

Semanalmente, uma equipe da AIC e voluntários fazem contato com os grupos e entidades que atuam nas vilas e favelas para coletar demandas, necessidades e boas práticas. A rede Periferia viva também conta com plataforma on-line de suporte para essas ações e desenvolve estratégias de comunicação para o enfrentamento do problema. 

Uma das integrantes da rede Periferia viva é a doutoranda em Comunicação na UFMG Rafaela Lima. Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, na última sexta-feira, 24 de abril, ela explicou que a força-tarefa foi criada para dar visibilidade e articular apoios e parcerias aos esforços já em curso de mobilização social e vigilância civil para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, na perspectiva da defesa do direito à vida, à dignidade e à cidadania das populações periféricas, que já sofrem sérios impactos da pandemia. 

Rafaela Lima explica que os integrantes do projeto fazem rondas e mapeamentos diários: “Nós identificamos as demandas de segurança alimentar das comunidades e ações como campanhas de arrecadação", exemplifica. Esse trabalho tem gerado resultados concretos. A iniciativa conseguiu conectar, por exemplo, um grupo de costureiras da comunidade do Taquaril em busca de renda, uma empresa interessada em comprar máscaras e uma educadora ligada à UFMG que fez o design das máscaras e as instruções para produção.

Ouça a conversa com Luíza Glória

Serviço:

Plataforma - www.periferiaviva.org.br
E-mail - contato@periferiaviva.org.br
Instagram - @periferiaviva
WhatsApp -  (31) 99124-3701