Institucional

Quadro epidemiológico ‘grave e instável’ mantém UFMG na etapa zero do plano de retorno

Instituição vai avaliar cenário em Belo Horizonte e Montes Claros nas duas próximas semanas

Avenida Mendes Pimentel, no campus Pampulha, durante a pandemia
Avenida Mendes Pimentel, no campus Pampulha, durante a pandemia Ewerton Martins Ribeiro | UFMG

Apesar da queda nas taxas de transmissão do novo coronavírus e de ocupação de leitos em Belo Horizonte e Montes Claros, a UFMG decidiu manter-se na etapa zero do seu Plano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto por mais duas semanas e reavaliar, nesse período, o cenário epidemiológico nos dois municípios. A decisão, comunicada nesta segunda-feira, dia 26, em nota à comunidade universitária assinada pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira, foi tomada com base nas orientações do Comitê Permanente da UFMG de Enfrentamento do Novo Coronavírus e na análise da Comissão de Acompanhamento do Conselho Universitário.

“O quadro epidemiológico no Brasil permanece grave e instável, com média de 45 mil novos casos confirmados de covid-19 e 2 mil óbitos por dia”, justificam os dirigentes, lembrando que o nível de alerta geral em Minas Gerais ainda é vermelho.

Sandra Goulart e Alessandro Moreira registram, no comunicado de hoje, que a UFMG “segue enlutada pelos membros da comunidade universitária que perdermos para a covid-19” e se solidarizam com as famílias dos quase 400 mil brasileiros vitimados pela pandemia.

Como a vacinação ainda se encontra em estágio incipiente no Brasil, os dirigentes reforçaram a importância das medidas de prevenção não farmacológicas, como uso de máscaras em todos os ambientes, higiene frequente das mãos e contraindicação absoluta de qualquer forma de aglomeração. “Os serviços MonitoraUFMG e Telecovid-19 permanecem em atividade para apoio à comunidade universitária”, ressaltam Sandra e Alessandro.

Etapas
Anunciado em setembro do ano passado, o plano de retorno prevê quatro etapas (0 a 3) de evolução do retorno presencial das atividades não adaptáveis. Cada etapa é definida pelo número máximo de pessoas (servidores, estudantes e trabalhadores terceirizados) que circulam na unidade simultaneamente, representando um teto de ocupação para cada setor ou espaço físico. O objetivo é reduzir significativamente o número de pessoas em circulação em cada unidade e garantir condições para o distanciamento social, implementação progressiva do monitoramento e controle de surtos.

Na etapa zero (o estágio atual), as atividades presenciais ficam suspensas, e apenas as essenciais e de manutenção são mantidas. Na etapa 1, o teto de ocupação é 20%, e o critério de percentagem das equipes deverá ser combinado ao da viabilidade de distanciamento social. Na etapa 2, o limite deverá subir para 40%. Para isso, será necessário que a cidade esteja em alerta verde, no mínimo, desde dois meses antes e que não tenha ocorrido surto da doença na UFMG.

O aumento gradual das atividades presenciais até o retorno pleno – etapa 3 – estará condicionado ao controle da pandemia ou à existência de vacina eficaz e disponível para ampla cobertura da população.