Ranking global da THE confirma UFMG como a melhor federal do Brasil
Universidade permaneceu na faixa 601-800 das melhores instituições de ensino superior do mundo
A UFMG mantém-se como a quinta melhor universidade da América Latina, a terceira melhor instituição de ensino superior e a melhor federal do Brasil, segundo a edição 2022 do ranking mundial da Times Higher Education (THE), divulgada no último dia 1º de setembro. A Universidade ficou na faixa 601-800 das melhores universidades do mundo, a mesma posição alcançada na edição anterior. As colocações da UFMG nos cenários nacional e regional são idênticas às apuradas na versão latino-americana do ranking divulgada em julho.
Em um cenário de queda nos investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia no Brasil, o bom desempenho da UFMG ganha especial significância, como avalia o pró-reitor de Pesquisa, professor Mário Montenegro Campos. “Nossa posição de destaque se justifica pelo grande esforço institucional, em especial por parte dos pesquisadores. A UFMG vem apresentando melhora continuada nos indicadores de pesquisa, ensino e captação de recursos da indústria”, observou.
O professor Carlos Basílio Pinheiro, diretor de Produção Científica da PRPq, destaca que a UFMG, embora tenha mantido sua colocação geral, vem melhorando sua nota global a cada ano, bem como seu desempenho relativo às demais universidades brasileiras. “Somos satisfatoriamente avaliados em muitos parâmetros objetivos. Por outro lado, temos várias outras dimensões negligenciadas pelos rankings, cujos critérios nunca são universais”, pondera Carlos Basílio.
Desde 2012, a UFMG tem fornecido dados para a avaliação da THE. Para inclusão nessa lista, é exigido que as universidades ofereçam cursos em nível de pós-graduação e tenham número de publicações relevantes superior a 1.000, em cinco anos.
Excelência no 'DNA'
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida disse ter recebido com satisfação o resultado de mais esse ranking no momento em que a UFMG comemora os seus 94 anos de fundação. “Esse resultado não é fruto apenas de esforços recentes. Ele reflete o ‘DNA’ de uma instituição que sempre trabalhou na direção da excelência e orientada pelo compromisso público e pela relevância social. As gerações que nos antecederam têm papel fundamental nessa trajetória” analisa a reitora.
Ainda que comemore o êxito de mais uma avaliação, Sandra Goulart manifesta sua preocupação com o futuro. “Os resultados recentes são muitos bons, apesar das fortes restrições orçamentárias impostas às universidades nos últimos anos. Mas essa tendência precisa ser revertida rapidamente, sob pena de não conseguirmos manter, nos próximos anos, a qualidade e a pertinência social de todo o trabalho de ensino, pesquisa e extensão que realizamos”, adverte.
No mundo
A Universidade de São Paulo (USP) manteve-se como a melhor instituição de ensino superior do Brasil, seguida da Unicamp. As três primeiras posições em escala mundial são ocupadas, na ordem, pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia e pela Universidade de Harvard, ambas dos Estados Unidos.
Os critérios usados pelo THE são agrupados em cinco áreas: Ensino (ambiente de aprendizado), Pesquisas (quantidade, investimentos e reputação), Citações (influência e alcance da sua produção científica), Perspectiva internacional (cooperação e intercâmbio de docentes e estudantes) e Renda na indústria (capacidade de uma universidade contribuir com o setor industrial por meio de inovações, invenções e consultorias).
Responsável pela organização do levantamento, a Times Higher Education é uma publicação inglesa que veicula conteúdos referentes à educação superior. É vinculada ao jornal The Times, que produz uma série de rankings que estão entre os mais conceituados do mundo.