Extensão

Rede vai propor ações de saúde, educação e direitos humanos para os povos Yanomamis e Ye´kwanas

​Capacitação de professores indígenas é uma das frentes de trabalho do programa de extensão da UFMG lançado no dia 7

Integrantes do GT durante a reunião de lançamento da rede
Integrantes do GT durante a reunião de lançamento do programaFoto: Comunicação Proex

Um grupo de trabalho (GT) da UFMG, de caráter multidisciplinar, lançou na segunda-feira, dia 7, programa de extensão formado por uma rede interinstitucional de entidades e instituições que desenvolverão projetos articulados de educação e saúde em benefício dos povos indígenas Yanomami e Ye´kwana, que enfrentam graves problemas sociais e sanitários no Norte do Brasil.

As ações serão propostas com base em demandas das próprias comunidades. Em outubro deste ano, serão realizadas oficinas com a participação de indígenas de ambos os povos. O objetivo desses primeiros encontros, nas aldeias, é discutir saberes e práticas de cuidado no território, elaborar materiais didáticos interculturais e capacitar professores indígenas, agentes indígenas de saúde (AIS) e agentes indígenas de saneamento (Aisan).

Esperança
O encontro na UFMG que marcou o lançamento do programa teve a participação, por videoconferência, do líder indígena Davi Kopenawa Yanomami. “Há esperança. Estamos muito contentes e felizes. Desse diálogo [com a Universidade] sairão projetos concretos para cuidar da nossa floresta e da educação e saúde de nossas mulheres, crianças e jovens”, comemorou Kopenawa. Outra liderança que participou do encontro – também por videoconferência – é Júlio Ye’kwana, do povo Ye´kwana.

Agentes Indígenas de Saúde (AIS) participarão das primeiras oficinas do programa
Agentes indígenas de saúde (AIS) participarão das primeiras oficinas do programa Foto: Agência Brasil

Outro foco de atuação do programa se refere ao combate às violações de direitos humanos nesses territórios. O grupo já está trabalhando, por exemplo, na reabertura de escolas yanomami desativadas pela Secretaria de Educação de Roraima. “A proposta é sermos ‘um lugar institucionalmente credenciado’ para agir nessas situações”, destaca a professora da FaE Ana Gomes, que coordena o GT e integra o Observatório da Educação Intercultural Indígena.

Vinculado à Universidade dos Direitos Humanos (UDH), da Pró-reitoria de Extensão (Proex/UFMG), o GT tem a participação de docentes e discentes da Faculdade de Educação (FaE), da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), da Escola de Enfermagem e da Faculdade de Medicina. No momento, integram a rede entidades como a Hutukara Associação Yanomami (HAY), a Associação Wanasseduume Ye’kwana (SEDUUME), o Instituto Socioambiental (ISA) e outras universidades federais.

A UFMG também participa de outras ações de pesquisa, ensino e extensão em apoio aos direitos dos povos Xakriabá e Maxakali.

Com Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão (Proex)