Nelson Gonçalves, nome artístico de Antônio Gonçalves Sobral, completaria 100 anos nesta sexta-feira, 21. Conhecido como Rei do Rádio, o músico é o segundo maior vendedor de discos no Brasil, ficando atrás apenas de Roberto Carlos. Natural do Rio Grande do Sul, foi com a família para São Paulo em busca de uma vida melhor.

Nelson Gonçalves era conhecido na juventude como Metralha, apelido que ganhou por causa da gagueira. Apesar disso, não se deixou abalar e começou na carreira musical cantando em bares. Já casado, mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda em busca do sonho de ser artista. Rapidamente foi aprovado em um dos concursos do qual participou e gravou o primeiro disco de sua carreira. Logo depois, assumiu o posto de crooner do Cassino Copacabana e a partir daí conquistou projeção nacional.

Principal nome musical do país nas décadas de 40 e 50, Nelson perdeu espaço para a Bossa Nova e nomes hoje consagrados, como Chico Buarque e João Gilberto. Os críticos da época passaram a taxá-lo como brega e de mau gosto. Ao cair no ostracismo, sofreu com a depressão e com o abuso de álcool e cocaína, o que prejudicou muito a sua carreira. Felizmente, Nelson se recuperou e concedeu várias entrevistas falando abertamente desse período complicado. Mesmo com tantos problemas, não deixou de lançar discos e manteve a posição de um dos maiores vendedores de álbuns do país.

No programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa, o pesquisador de história da música brasileira Leonardo Santiago falou sobre a representatividade de Nelson Gonçalves para a cultura nacional. A entrevista foi ao ar nesta quarta-feira, 19.