Meio Ambiente

UFMG e Copasa pesquisam transformação do lodo de esgoto em fertilizante

Reaproveitamento do resíduo chega a ser 60% mais econômico que seu aterramento

Nesta quarta, 9, e quinta-feira, 10 de maio, o reaproveitamento do lodo de esgoto será tema de seminário sediado na Escola de Engenharia da UFMG. Organizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) ETEs Sustentáveis, o encontro deverá reunir mais de 400 pesquisadores para discutir as possibilidades e inovações relacionadas à biomassa.

O lodo é o resultado do tratamento da água de esgoto nas estações de tratamento. No vídeo abaixo, produzido pela TV UFMG, é possível acompanhar o processo de transformação do resíduo em insumo agrícola no Centro de Pesquisa e Treinamento em Saneamento (CePTS), mantido em parceria entre a UFMG e a Copasa. Após a retirada de resíduos sólidos grosseiros e areia da água do esgoto, forma-se uma grossa camada do lodo, que, após tratada, pode ser usada como fertilizante.

Economia
Uma cidade do porte de Belo Horizonte pode gerar 50 toneladas de lodo no esgoto por dia. O custo de uma destinação adequada a todo esse volume pode ultrapassar os R$ 4,5 milhões por ano, e ainda existe alto risco ambiental e à saúde pública, provocado pelo descarte inadequado.

Pesquisas têm indicado que o emprego da biomassa na agricultura chega a ser 60% mais econômico do que o envio a aterros sanitários e pode representar economia de R$ 470 por hectare fertilizado, o que representa aumento significativo do lucro para o produtor.

A UFMG desenvolve pesquisas sobre o tratamento e descarte de resíduos na Estação de Tratamento de Esgoto do Ribeirão Arrudas há mais de 18 anos.

Ficha técnica
Entrevistado: Carlos Chernicharo (coordenador do INCT ETEs Sustentáveis da UFMG)
Produção e reportagem: Josué Gomes
Imagens: Ravik Gomes
Edição de imagens: Aline Garcia