Robô trans engaja jovens de 15 a 19 anos na prevenção ao vírus HIV
Ela interage com voluntários de pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina
Quando o celular toca e, do outro lado, surge uma voz mecânica – e quase sempre irritante –, não há quem não abomine a existência desses robôs que ligam incessantemente nos horários mais inoportunos. No entanto, a Inteligência Artificial (IA) não existe só para vender produtos. Seu emprego no engajamento social tem sido fundamental para atingir nichos da sociedade que antes eram quase inacessíveis pelas campanhas de massa.
Foi com esse objetivo que nasceu Amanda Selfie, a primeira robô trans do país. Desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Medicina da UFMG, da USP e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Amanda Selfie é “bb”, ou seja, “bem basiquinha”, por usar uma estratégia de comunicação direcionada a um público específico. Sua missão é interagir com potenciais participantes do projeto PreP 15-19, uma pesquisa para prevenção combinada contra o HIV. Esse estudo visa acompanhar o uso da Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PreP), o tenofir+entricitabina, que protege contra a infecção pelo HIV em jovens de 15 a 19 anos que se identificam como homens gays, mulheres trans e travestis.
A história de Amanda Selfie é contada em reportagem publicada na edição 2.067 do Boletim UFMG, que circula nesta semana apenas em versão on-line.