A Primeira Semana Integrada de Diversidade Sexual e Gênero da UFMG teve início nesta segunda-feira, 2, e segue até sexta-feira, 6, com palestras, mesas-redondas e performances organizadas por alunos da Universidade, além de atividades de lazer, com música, esportes e interação com a comunidade.

A iniciativa é do Mobiliza LGBTIQ UFMG – coletivo de alunos formado após a primeira Parada do Orgulho LGBT na UFMG, realizada em junho – e é apoiado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), Rede de Direitos Humanos UFMG e Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).

"Acreditamos que a Parada do Orgulho LGBT não foi suficiente. A gente precisava fomentar a discussão sobre a vida, a existência e as demandas da população LGBT na UFMG e na cidade", afirmou em entrevista à Rádio UFMG Educativa Gustavo Ribeiro, um dos organizadores do evento e integrante da Frente Autônoma LGBT.

Entre os assuntos debatidos no evento, estão saúde da população trans e travesti, combate ao preconceito e ao discurso de ódio, direitos da população LGBT, violência de gênero, avanço do programa Escola sem Partido, discriminação no acesso ao mercado de trabalho e a educação como ferramenta transformadora. Ouça a entrevista completa veiculada no programa Expresso 104,5, que foi ao ar hoje.

Crimes de ódio

Na abertura do evento, nesta segunda-feira, os organizadores da Semana de Diversidade citaram levantamento do Grupo Gay da Bahia sobre mortes envolvendo pessoas LGBT no Brasil. A cada 25 horas, um LGBT é assassinado. São 343 mortes em 2016, o que faz do Brasil o campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais.

De acordo com os palestrantes, os dados evidenciam a urgência do debate sobre o ensino e a formação de educadores para que as salas de aulas não sejam locais de disseminação de preconceitos. O assunto discutido na mesa de abertura foi tema de reportagem veiculada na edição de hoje do Jornal UFMG da Rádio UFMG Educativa.

Mais informações sobre o evento, incluindo a programação, estão disponíveis na página da Semana no Facebook.