‘Sertão mundo’: Espaço do Conhecimento lança exposição sobre o universo de Guimarães Rosa
Mostra virtual será aberta nesta quarta, 1º, às 18h30, em evento transmitido no YouTube
Sertão mundo é a nova exposição temporária do Espaço do Conhecimento UFMG. Concebida para o ambiente virtual, a mostra tem como referência o sertão, muito característico e presente na obra do escritor João Guimarães Rosa, que serve de cenário para as questões universais tratadas pelo autor em suas histórias, como o amor, o medo, o sentido da vida e a dúvida.
O lançamento será na quarta-feira, 1º de setembro de 2021, às 18h30, em solenidade virtual com a presença da reitora Sandra Goulart Almeida, do diretor de Ação Cultural da UFMG, Fernando Mencareli, da diretora institucional do Instituto Unimed BH, Mercês Fróes, da diretora do Espaço do Conhecimento UFMG, Diomira Faria. Diomira assina a curadoria da mostra ao lado de Claudia Campos Soares, Dânia Lima e Maurício Gino, que também estarão presentes no encontro.
Com uma viagem pelo sertão e por suas diferentes interpretações – na música, nos bordados, na dança, na culinária, nos brinquedos e brincadeiras, nas sonoridades, nas artes visuais e na literatura –, a exposição leva o público a apreciar escutas e vozes de muitos sertões. “Nós sabemos que o Sertão é esse espaço físico, geográfico e histórico, mas em sua representação na literatura ele ultrapassa todas as fronteiras regionais”, explica Claudia Campos Soares, professora da Faculdade de Letras da UFMG e uma das curadoras da exposição. “Daí vem o título, porque esse sertão, que é o sertão de Minas e do Brasil, quando retratado na obra de João Guimarães Rosa, também é o mundo”, afirma.
O sertão do universo rosiano ganhou mesmo alcance internacional: suas obras foram traduzidas para muitos idiomas. “A mostra tem um pouco dessa repercussão, por meio de entrevistas com tradutores dos livros do escritor e conversas com críticos literários de outros países, por exemplo”, adianta a professora.
Conteúdo em temporadas
A visita será realizada por meio de uma plataforma on-line. Os conteúdos da mostra serão disponibilizados por “temporadas” – a cada mês, novas atividades e novas temáticas serão inauguradas, e a exposição estará em constante atualização. A professora Diomira Faria, diretora do Espaço do Conhecimento UFMG e também curadora de Sertão mundo, conta como foi pensado o percurso: “Nós nos inspiramos na palavra travessia, tão presente na obra de Guimarães. O público terá acesso a um mapa virtual, que vai guiá-lo pelos vários sertões criados pelos desdobramentos do universo rosiano”, explica. “Ao final, a nossa intenção é que cada visitante possa também encontrar o Sertão que está dentro de si.”
Mercês Fróes, do Instituto Unimed-BH lembra que a obra de Guimarães Rosa "é muito rica em detalhes e nos transporta para as belezas do sertão brasileiro". Segundo ela, o Espaço do Conhecimento UFMG inovou ao idealizar uma exposição virtual que "não só homenageia a obra desse grande autor, mas também nos faz viajar pelo universo rosiano”.
Também participarão do evento o coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa, Ronaldo Alves, os professores do projeto de extensão Cartografia Rosiana, da UFMG, e os coordenadores dos núcleos de Expografia, Comunicação, Astronomia e Educação do Espaço do Conhecimento UFMG.
A transmissão do evento de lançamento será feita pelo canal do Espaço do Conhecimento UFMG no YouTube. Após a abertura, a exposição poderá ser visitada gratuitamente no site criado especialmente para ela.
A curadoria é de Claudia Campos Soares, professora da Faculdade de Letras da UFMG, Dânia Lima (arquiteta e assessora do Núcleo de Expografia do Espaço, Diomira Maria C.P. Faria, professora do Instituto de Geociências e diretora científico-cultural do Espaço, e Maurício Gino, professor da Escola de Belas Artes e coordenador do Núcleo de Audiovisual do Espaço do Conhecimento UFMG.
Sertão mundo tem patrocínio do Instituto Unimed-BH e apoio da Aliança Francesa, do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, da Pró-reitoria de Extensão da UFMG, do Museu Casa Guimarães Rosa e da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, que cederam peças do acervo do Museu de Arte da Pampulha.