Saúde

Servidores da UFMG tomarão dose de reforço contra a covid-19 na próxima semana

Prefeitura de Belo Horizonte reduziu para quatro meses o intervalo de aplicação entre a segunda e a terceira doses da vacina

Escola de Enfermagem, no campus Saúde, um dos postos de vacinação da campanha coordenada pela PBH
Na Escola de Enfermagem, no campus Saúde, foi montado um posto de vacinação da campanha conduzida pela Prefeitura de Belo HorizonteRosânia Felipe | Escola de Enfermagem da UFMG

Trabalhadores da área de educação que atuam em Belo Horizonte, incluindo servidores docentes e técnico-administrativos e profissionais terceirizados da UFMG, deverão tomar a dose de reforço (terceira dose) da vacina contra a covid-19 na primeira semana de janeiro, segundo escala anunciada pela Prefeitura de Belo Horizonte, que reduziu de cinco para quatro meses o intervalo de aplicação entre a segunda e a terceira doses do imunizante.

De acordo com o cronograma estabelecido, a terça-feira, dia 4, está reservada à vacinação de trabalhadores da educação infantil. Na quarta-feira, dia 5, serão imunizados trabalhadores da educação do ensino fundamental. Na quinta-feira, 6 de janeiro, a dose de reforço será aplicada em profissionais do ensino médio e profissionalizante, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do ensino superior. 

Para receber o reforço de imunização, o trabalhador deve ter tomado a segunda dose há pelo menos quatro meses. Ele precisa levar o cartão de vacina, documento de identidade e CPF. A relação dos locais de vacinação está disponível no site da PBH.

Retorno presencial
A antecipação da dose de reforço favorece o avanço da UFMG à etapa 3 do Plano de Retorno Presencial, que ocorrerá a partir do dia 10 de janeiro e prevê a ocupação presencial dos espaços físicos, sem restrição de teto.

Segundo dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, mais de 75% da população adulta da cidade já tomou as duas doses ou a vacina de dose única. Apesar dos números animadores, a professora Cristina Alvim, coordenadora do Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus, ressalta que o planejamento para um retorno seguro às atividades presenciais inclui o investimento em estratégias que ampliem a adesão à dose de reforço.

“A UFMG tem atuado em conjunto com a Prefeitura desde o início da pandemia. No caso da dose de reforço, pretendemos trabalhar para informar a população sobre a sua importância como proteção contra as novas variantes do coronavírus. Uma das estratégias que pretendemos adotar é a criação de postos de vacinação volantes dentro dos campi, de forma a facilitar o acesso à dose de reforço pela comunidade universitária, principalmente o público estudantil”, afirma.

Esforço educativo
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida acrescenta que a UFMG vem adotando medidas para acompanhar e incentivar a vacinação completa da sua comunidade, em um esforço coletivo e educativo. “Nesse sentido, incluiremos no processo de matrícula, no primeiro semestre de 2022, um questionário sobre o estado vacinal. Além disso, estamos buscando estratégias educativas e logísticas para estimular a vacinação na faixa de 20 a 29 anos, na qual os índices de aplicação da segunda dose ainda não são satisfatórios. Não acreditamos que impedir pessoas de circular nos campi seja uma medida adequada ou necessária do ponto de vista sanitário e ético, muito menos punir estudantes com cancelamento de matrícula ou algo semelhante, pois isso acabará impactando mais aquelas pessoas com acesso precário às vacinas”, argumenta a reitora.

"Nosso esforço tem de ser no sentido de disponibilizar e conscientizar toda a nossa comunidade – servidores docentes e técnico-administrativos em educação, trabalhadores terceirizados e estudantes – sobre a importância da vacinação completa e da dose de reforço para juntos contribuirmos para o enfrentamento da pandemia em nosso estado", conclui Sandra Goulart Almeida.