TCC da Arquitetura propõe modelo de escola erguida com água, terra e pedra
Concebido para uma região de Chade, na África, projeto prevê conversão em espaço comunitário e centro de saúde
Um modelo de habitação sustentável multiuso para comunidades da República do Chade, no centro-norte da África, foi o objeto do trabalho de conclusão de curso (TCC) de Júlia Dias da Mota, no curso de Arquitetura e Urbanismo. A edificação, erguida por meio da arquitetura vernácula, apresenta pequenas modificações no modo de construir tradicional, que garantem melhores condições de habitabilidade.
A arquitetura vernácula utiliza insumos básicos oferecidos pelo ambiente – madeira, pedra, terra e água. No Brasil, é muito utilizada, por exemplo, em estruturas de taipa e de adobe (tijolo seco ao sol), empregadas até os dias atuais. O projeto recebeu Menção especial no concurso ReSchool 2018 Architecture Competition.
De acordo com Júlia Mota, o projeto concilia educação, saúde e comunidade em um único espaço, e a ideia é que sirva de exemplo para aplicação em escala regional. “A intenção é que a solução gere um efeito de melhora em cadeia. O edifício se presta a vários usos: a principal função está relacionada a atividades escolares e comunitárias, mas pode se transformar em local de apoio à saúde, em casos de epidemia ou de vacinação em massa”, esclarece a arquiteta.
O trabalho foi tema de reportagem na edição 2.056 do Boletim UFMG, que circula nesta semana.