Em fórum, professores mostram como tecnologias apoiam a inclusão e o ensino híbrido
Promovido pelo Programa Integração Docente, encontro discutiu o uso dos recursos no ensino de graduação na UFMG
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG 'Usos das tecnologias para o ensino nos cursos de graduação da UFMG' foi o tema do fórum promovido nesta quarta-feira pelo programa Integração Docente](https://ufmg.br/thumbor/Wcx4QsU00t19qVRGmvZLN-Q0oI4=/69x0:800x488/712x474/https://ufmg.br/storage/4/f/8/8/4f88754ccd4552bb8c748696d5acdf61_16287811041108_1366114705.png)
Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG
O uso de recursos educacionais abertos em disciplinas na graduação em Letras, ferramentas do Microsoft Teams que propiciam aulas inclusivas no curso de engenharia e os esforços para adoção de um modelo híbrido de ensino em matérias práticas na Odontologia foram as experiências com uso de tecnologias na educação apresentadas na tarde desta quarta-feira, 11, em mais um fórum promovido pelo Programa Integração Docente.
Daniervelin Marques, da Faculdade de Letras, tratou de sua experiência com o emprego de Recursos Educacionais Abertos (REAs), que são, segundo definição da Unesco, “materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer meio disponível no domínio público, que foram disponibilizados com licenças abertas, permitindo acesso, uso, redestinação, reutilização e redistribuição por terceiros, com poucas ou sem nenhuma restrição”. Os REAs podem incluir cursos, livros didáticos, aplicativos, arquivos de mídias diversas, entre outros.
A professora listou alguns dos cuidados técnicos e legais na produção e utilização dos REAs, tais como o uso de softwares livres como o LibreOffice – cujas funcionalidades não são mantidas por decisão de uma única empresa –, a citação da fonte e da autoria e a importância de disponibilizar o acervo em locais de fácil acesso a possíveis interessados.
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG Daniervelin Marques, da Faculdade de Letras, abordou sua experiência com o emprego de Recursos Educacionais Abertos (REAs)](https://ufmg.br/thumbor/KKR2h_UySzQHfYiNFX8uZnlTjWQ=/150x0:1306x772/712x474/https://ufmg.br/storage/0/5/8/b/058be7621b11544bd155cf390dfbde93_16287812956301_1193283856.png)
“Nós temos pouquíssima prática, como docentes, em compartilhar os nossos materiais de aula. Às vezes, a gente compartilha com o colega, mas isso não beneficia um grande público, em espaços como sites pessoais e repositórios institucionais. “Acho que, numa universidade pública, esta é uma questão importante: os materiais que eu crio são só meus, e ninguém pode usá-los ou compartilhá-los?”, ponderou. Dedicada à pesquisa sobre essas ferramentas desde 2014, Daniervelin mantém o projeto Recursos Educacionais Abertos para leitura e produção de textos nas licenciaturas, que reúne em um site materiais de uso livre para o ensino dos idiomas português, espanhol e inglês.
Ferramentas de ensino
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG Ramon Silva, professor da Escola de Engenharia, abordou o uso do Microsoft Teams e Stream](https://ufmg.br/thumbor/BlKsDKMe35V0uAg5NovUailzoDg=/2x0:511x341/712x474/https://ufmg.br/storage/f/b/7/7/fb77bb7e570cc791bc6ae55f48bff1ce_16287809643379_63114756.png)
O professor Ramon Silva, da Escola de Engenharia, apresentou um tutorial do uso do Microsoft Teams e Stream com vistas à acessibilidade, em especial a parte de inserção de legendas. O uso da ferramenta com esse objetivo veio por demanda de um discente com deficiência auditiva. O professor fez um mea culpa ao lembrar que o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UFMG (NAI) fez um guia – acessível no site do Integração Docente (em Acessibilidade) – que ele poderia ter utilizado anteriormente na elaboração das videoaulas.
Em uma reflexão rápida, ele lembrou que há tecnologias que facilitam a inclusão e que “um ingrediente fundamental é o desejo consciente e deliberado dos docentes de fazer mudanças e adaptações em nossas práticas”.
![Reprodução de tela: Raphaella Dias | UFMG 'Ensino Híbrido no Laboratório Multidisciplinar de Odontologia Restauradora' foi o tema discutido por Rogéli Ribeiro, da Faculdade de Odontologia](https://ufmg.br/thumbor/07L85UOtj5rmlcw_G4rUF095E8o=/0x0:501x335/712x474/https://ufmg.br/storage/1/0/c/e/10cec74445e8fd791ad5b97403b67fac_16287814665772_1538130428.png)
Rogéli Ribeiro, da Faculdade de Odontologia, tratou de ensino híbrido no Laboratório Multidisciplinar de Odontologia Restauradora, antes da pandemia. Ela fez um histórico de como se deu a criação da nova metodologia no laboratório, que se destina às práticas pré-clínicas. “Não é fácil mudar, mas é preciso, e é muito gratificante quando começamos a constatar os resultados desse esforço”, disse Rogéli. Ela recomendou que sejam feitas, a princípio, mudanças pequenas, com planejamento, e que elas sejam ampliadas aos poucos.