Extensão

UFMG conclui primeira etapa de mapeamento do artesanato brasileiro

Relatório aborda problemas e potencialidades do setor e propõe bases para planejamento e melhorias; projeto tem parceria de outras universidades públicas

Peça produzida pelas mulheres da projeto Flores do Morro
Peça produzida pelas mulheres da projeto Flores do Morro Foto: acervo Flores do Morro

A UFMG concluiu a primeira etapa do projeto de extensão Estruturação do sistema de gestão do artesanato brasileiro: diagnóstico e planejamento estratégico (Rede Artesanato Brasil). O relatório, que deverá subsidiar as ações destinadas ao desenvolvimento do setor, foi entregue neste mês de dezembro ao Ministério da Economia, em encontro de gestores da Universidade com dirigentes da pasta, no campus Pampulha.

A fase inicial do mapeamento foi concluída com contribuições de três importantes atores do ecossistema do artesanato do país: coordenações estaduais do artesanato, gestores nacionais e estaduais do artesanato do Sebrae e representantes das federações e confederações de artesãos.

O estudo realizado para construir o mapeamento foi feito por equipe multidisciplinar de pesquisadores e bolsistas que uniu a UFMG e outras universidades públicas do país. Trata-se do primeiro diagnóstico do setor em escala nacional, que contempla quatro dimensões: econômica, ambiental, cultural e social.

'Pedra fundamental'
O projeto mapeou problemas – incluindo os impactos da pandemia de covid-19 –, necessidades e potencialidades do artesanato, compilou políticas públicas existentes e propostas para aperfeiçoar a legislação federal, como a Lei 13.180/2015.

Mariana Pompermeyer, professora da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG e  coordenadora geral do projeto, destaca que a fase inicial foi cumprida com êxito: “Com esse documento, lançamos a pedra fundamental para a estruturação de um sistema de diagnóstico, planejamento e gestão de programas que contribua para o desenvolvimento do artesanato como segmento econômico com alto poder de inclusão socioprodutiva e de desenvolvimento local”, afirmou. Na coordenação, Mariana  atua com os professores Carlos Falci, também da EBA, e Laura Cota, da Escola de Arquitetura, e com a consultora em desenvolvimento do artesanato Dorotéa Naddeo.

Com quase 500 páginas, o relatório contém ainda proposta de planejamento estratégico para a continuidade das atividades, que dependerão de aportes financeiros do governo federal.

Próximas ações
No início de 2023, serão entregues os projetos do sistema de certificação do artesanato (selo do artesanato brasileiro), do sistema de premiação e de interface Web. Estão previstas mais duas etapas, que incluem o aprofundamento da pesquisa com recortes regionais, a oferta de cursos de extensão para atendimento de demandas do setor, a ampliação da rede do artesanato brasileiro e a complementação do mapeamento do ecossistema, entre outras atividades.

O projeto Estruturação do sistema de gestão do artesanato brasileiro: diagnóstico e planejamento estratégico é iniciativa do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Ministério da Economia, e é executado pela UFMG por meio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) e da Escola de Belas Artes (EBA), em parceria com outras oito universidades: Ufam, Ufopa, UnB, UFPE, UFPB, UFSJ, Udesc e Escola de Design da UEMG. As ações foram iniciadas em 2021, e a previsão é que sejam concluídas em 2023.

Outras informações sobre o projeto estão no site da Rede Artesanato Brasil e em seus perfis no Facebook e no Instagram.

Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão