Institucional

​UFMG cria ‘universidade’ para fortalecer agenda dos direitos humanos

Vinculada à Pró-reitoria de Extensão, instância será dirigida pela professora Maria Aparecida Moura, da ECI

Fórum da Mulher, realizado desde 2011, no Vale do Jequitinhonha, é uma das atividades no campo dos direitos humanos desenvolvidas pela UFMG em conjunto com as comunidades
Fórum da Mulher, realizado desde 2011, no Vale do Jequitinhonha, é uma das atividades no campo dos direitos humanos desenvolvidas pela UFMG em conjunto com as comunidades Arquivo Programa Polo do Jequitinhonha

O Centro de Documentação em Direitos Humanos (CedocDH), as redes de Direitos Humanos e de Saúde Mental e a Formação Transversal em Direitos Humanos estão entre as ações que ficarão sob o guarda-chuva da Universidade dos Direitos Humanos, que acaba de ser criada para fortalecer a vasta e diversificada agenda da UFMG nesse campo e ampliar o diálogo com a sociedade. A nova instância, instituída como diretoria vinculada à Pró-reitoria de Extensão (Proex), será comandada pela professora Maria Aparecida Moura, da Escola de Ciência da Informação (ECI) da UFMG.

A Universidade dos Direitos Humanos atuará em parceria com vários setores, grupos, núcleos e laboratórios no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão e estimulará ações destinadas à promoção e defesa da diversidade, da igualdade, da inclusão e da cidadania.

Segundo a pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga – uma das idealizadoras da iniciativa –, a institucionalização é fruto de uma construção coletiva que agora se consolida. “A diretoria vai trabalhar para ampliar a capacidade de articulação dessas ações, muitas com proposições muito inovadoras, tendo como parâmetros a excelência acadêmica, a agenda coletiva e continuada, a parceria com as políticas públicas e o compromisso irrestrito com a efetivação desses direitos”, afirma.

A pró-reitora ressalta que a nova instância surge no bojo de políticas priorizadas nos últimos anos, como a criação e a reformulação de estruturas e setores da UFMG e a regulamentação de aspectos relacionados ao respeito aos direitos humanos, como a Resolução 09/2016, do Conselho Universitário. O documento dispõe sobre a violação de direitos humanos e a erradicação de atos discriminatórios na Universidade.

Para Mayorga, a Universidade dos Direitos Humanos já nasce com grandes responsabilidades. “Vivemos em um país marcado por desigualdades, violências e violações. A institucionalização é um passo importante, mas o acompanhamento e a avaliação dos impactos concretos na vida das pessoas, das políticas públicas e de organizações diversas da sociedade devem ser permanentes.”

Centralidade
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida ressalta que os direitos humanos ganham ainda mais centralidade na UFMG . “Ao vincular-se à Pró-reitoria de Extensão, a Universidade dos Direitos Humanos agrupará diversas ações a fim de articulá-las e fortalecê-las e desempenhará importante papel na interseção e visibilidade de iniciativas dentro e fora da UFMG”, destaca.

Segundo a reitora, “os direitos humanos estão presentes de forma significativa na extensão, graduação, pós-graduação e ações de internacionalização da UFMG e têm dado grande contribuição para a transversalidade de ações e para a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.

Cida Moura:
Cida Moura: pauta urgente e necessáriaArquivo pessoal

Na vanguarda
A professora Maria Aparecida Moura, diretora da Universidade dos Direitos Humanos, avalia que a iniciativa põe a UFMG em posição de vanguarda. “Estar à frente da articulação e da integração de processos e questões tão diversos e plurais será um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de contribuir para uma pauta urgente e necessária e para o aprofundamento do diálogo da instituição com outros setores da sociedade.”

Além de docente da ECI, Maria Aparecida Moura é documentarista, pesquisadora e integrante permanente dos programas de pós-graduação em Comunicação Social (PPGCOM) e em Ciência da Informação (PPGCI), ambos da UFMG. 

Cida Moura atua em ações relacionadas aos direitos humanos, à preservação, ao registro e à difusão da cultura popular e dos saberes tradicionais brasileiros. Foi coordenadora da Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha da UFMG, do programa Saberes Plurais e a primeira editora da Interfaces, a revista de Extensão da UFMG. Atualmente, integra a Rede de Direitos Humanos, a Formação Transversal em Saberes Tradicionais e coordena o Museu Virtual – Saberes Plurais. A professora também foi diretora de Governança Informacional, cargo no qual conduziu o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) e esteve à frente da Ouvidoria Geral.

Com Assessoria de Comunicação da Proex