O que a UFMG pode oferecer ao jovem estudante, que ingressa em uma universidade federal em um cenário de reestruturações profundas tanto no mundo acadêmico quanto no universo do mercado de trabalho? Essa discussão será feita pelo professor de sociologia e diretor de Divulgação Científica da UFMG, Yurij Castelfranchi, durante aula inaugural, nesta segunda-feira, 5, às 9h, na qual serão recebidos os mais de dois mil novos estudantes que ingressam neste segundo semestre, na UFMG. A aula ocorrerá no auditório nobre do Centro de Atividades Didáticas (CAD 1), campus Pampulha.

O tema da aula magna será Uma estrela ao meio-dia: tecer conexões, inventar a universidade, mas o professor Castelfranchi prefere não revelar o que seria a ‘estrela do meio-dia', prometendo surpresa para os calouros.  Quanto à segunda parte do tema, que também responde à pergunta sobre esse contexto, “onde é cada vez mais difícil para o jovem se imaginar em um emprego fixo”, Castelfranchi adianta que a UFMG pode, sim, ajudar o estudante a construir um futuro com um importante diferencial. Mas ressalvou. "O diferencial que uma universidade do tamanho da UFMG pode oferecer vai depender também do quanto o estudante estará disposto a ser protagonista de sua própria trajetória", sugere

Gambiarra será uma das palavras-chave da mensagem, que segundo o professor, significa a capacidade do estudante incorporar, multiplicar e explorar a grande diversidade de pontos de vista, ideias e conhecimentos proporcionados pela UFMG, não apenas do lado dos professores, mas também por toda a comunidade, formada por alunos, servidores e a própria comunidade que orbita a instituição. “Construir pontes, fazer conexões e aproveitar essa extraordinária diversidade de saberes e conhecimentos, sair um pouco das caixinhas de seus cursos e participar de outras atividades, das formações transversais e da extensão – cada vez mais central para a carreira de um jovem aluno – são condições fundamentais para formar profissionais de direito, física, filosofia, geografia, entre tantas áreas, com algo a mais para encarar seu futuro”, propõe.

 Castelfranchi sustenta que, para explorar tudo o que a UFMG pode oferecer em sua amplitude e diversidade, o estudante não deve se ver apenas como sujeito que frequenta uma universidade apenas para receber conteúdos, informações, noções, fatos e teorias formatadas. "Ele deve ser construtor de sua própria formação, construtor de saberes e de conhecimentos em um processo coletivo de aprendizado, em que todos nós, juntos, vamos produzir ideias novas e futuros possíveis”, concluiu.

Os calouros do turno da noite também serão recebidos com a mesma programação da manhã, às 19h, no Auditório Nobre do CAD 1. A Orquestra de Choro, coordenada pelo professor da Escola de Música Flávio Marcos, será a atração da recepção, com apresentações tanto pela manhã quanto à noite. 

Viver UFMG
A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) promove no decorrer deste mês, até o dia 30, diversas atividades para acolhimento dos calouros. Na Tenda Viver UFMG, localizada na Praça de Serviços, serão realizadas rodas de conversa, oficinas culturais, sessão de cinema, forró e as saídas para passeios de ônibus, das 14h às 17h, em direção ao Museu de História Natural e Jardim Botânico, Estação Ecológica e Museu de Ciências Morfológicas. Para participar desses passeios, que partirão da Praça de Serviços, no campus Pampulha, o estudante deve se inscrever pelo site da Prae.

Na mesma página também estão disponíveis informações sobre assistência estudantil, ações afirmativas, orientações sobre proibição do trote, consumo consciente de energia e água, além do Guia Viver UFMG, com dicas sobre a vida acadêmica, cultural, esportiva e de lazer, endereços e telefones das unidades acadêmicas, mapas, entre outras.