Notas Oficiais

UFMG decide avançar à etapa 1 do plano de retorno

Medida, que entra em vigor na segunda, 17, prevê ocupação dos espaços físicos em até 20% e mantém, em modo remoto, as atividades que não exigem presença 'in loco'

Entrada do campus da UFMG em Montes Claros: avanço à etapa 1 é respaldado por minucioso monitoramento do cenário epidemiológico
Entrada do campus da UFMG em Montes Claros: avanço à etapa 1 é respaldado por minucioso monitoramento do cenário epidemiológico Lucas Braga | UFMG

A partir da próxima segunda-feira, dia 17, a UFMG avançará à etapa 1 do Plano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto, segundo nota à comunidade universitária divulgada hoje, 10, pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira. A decisão é respaldada por orientações do Comitê Permanente da UFMG de Enfrentamento do Novo Coronavírus, com aquiescência da Comissão de Acompanhamento do Conselho Universitário.

“Embora seja cedo para nos sentirmos aliviados, maio iniciou-se com queda no número de casos confirmados e óbitos no país, o que configura um pequeno alento e nos possibilita reavaliar quais são as balizas para o retorno de atividades presenciais de forma lenta, gradual e segura, com base em evidências científicas e novas recomendações sobre o tema”, afirmam os dirigentes no comunicado.

A UFMG decidiu retroceder à etapa zero no dia 12 de março em razão do recrudescimento da pandemia. "Desde então, a Universidade vem fazendo um minucioso monitoramento do cenário epidemiológico de Belo Horizonte e Montes Claros e, em razão desse trabalho, decidiu, em duas ocasiões – 26 de março e 26 de abril –, manter-se na etapa zero. Avaliamos que a decisão, apesar de muito difícil, foi acertada e que demos nossa contribuição para a melhoria das condições de gestão da pandemia em Minas Gerais", pontuam Sandra e Alessandro.

De volta à etapa 1, a UFMG manterá em até 20% o teto de ocupação dos espaços físicos e, em modo remoto, as atividades que não exigem presença in loco. “A etapa 1 assegura que a universidade caminhe e siga desenvolvendo suas atividades com relevância e compromisso social, conectada com seu entorno e atenta à necessidade de acompanhar a evolução dos indicadores epidemiológicos e de ocupação de leitos nas cidades e no estado”, justificam os dirigentes na nota.

Sandra e Alessandro alertam que o momento ainda é muito delicado. “A prioridade sempre será a vida das pessoas. Reforçamos a importância da adoção das únicas medidas eficazes de contenção da pandemia até que a imunização alcance um contingente satisfatório da população: uso de máscaras em todos os ambientes, higiene frequente das mãos e a contraindicação absoluta de qualquer forma de aglomeração”, recomendam a reitora e o vice-reitor, que voltaram a lamentar as vidas perdidas durante a pandemia. "A UFMG segue enlutada pelos membros da comunidade universitária que perdeu para a covid-19 e se solidariza com as famílias dos mais de 420 mil brasileiros vitimados pela pandemia."

Leia a íntegra do comunicado.

Plano garante condições para o distanciamento social

Anunciado em setembro do ano passado, o plano de retorno prevê quatro etapas (0 a 3) de evolução do retorno presencial das atividades não adaptáveis. Cada etapa é definida pelo número máximo de pessoas (servidores, estudantes e trabalhadores terceirizados) que circulam na unidade simultaneamente, representando um teto de ocupação para cada setor ou espaço físico. O objetivo é reduzir significativamente o número de pessoas em circulação em cada unidade e garantir condições para o distanciamento social, implementação progressiva do monitoramento e controle de surtos.

Na etapa zero (o estágio que vigora até domingo, dia 16), as atividades presenciais ficam suspensas, e apenas as essenciais e de manutenção são mantidas. Na etapa 1, o teto de ocupação é 20%, e o critério de percentagem das equipes deverá ser combinado ao da viabilidade de distanciamento social. Na etapa 2, o limite deverá subir para 40%. Para isso, será necessário que a cidade esteja em alerta verde, no mínimo, desde dois meses antes, e que não tenha ocorrido surto da doença na UFMG.

O aumento gradual das atividades presenciais até o retorno pleno – etapa 3 – estará condicionado ao controle da pandemia ou à existência de vacina eficaz e disponível para ampla cobertura da população.