Institucional

UFMG e instituto de pesquisas da Guiné-Bissau formalizam cooperação

Acordo contempla publicações, eventos, intercâmbio e formação de pesquisadores

Leopoldo Amado, do Inep, foi recebido pelo reitor Jaime Ramírez
Leopoldo Amado, do Inep, foi recebido pelo reitor Jaime Ramírez Raíssa César / UFMG

A UFMG e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), da Guiné-Bissau, firmaram na tarde desta sexta, 6, convênio que prevê iniciativas conjuntas como produção de livros, realização de eventos, intercâmbio de professores e estudantes e um mestrado interinstitucional destinado à formação de pesquisadores do país da África Ocidental.

O documento, assinado pelo reitor Jaime Ramírez e pelo diretor do Inep, Leopoldo Amado, formaliza parceria iniciada há cerca de um ano, por intermédio do Centro de Estudos Africanos (CEA) da UFMG. Uma das ações conjuntas foi o 1º Seminário Internacional Patrimônio, História Intelectual e Cultura da África Ocidental, realizado nesta semana, no campus Pampulha, concomitante à 5ª Jornada do CEA. Também já foram publicados três livros, e mais um está em fase de produção.

Na conversa com o diretor do Inep, Jaime Ramírez ressaltou a intenção da Universidade de estreitar as relações com países, como a Guiné-Bissau, com quem o país tem proximidade linguística e cultural. “Laços fortes com as nações lusófonas têm valor inestimável para nós, e essas parcerias são prioridade para a UFMG”, afirmou o reitor, que fez breve exposição sobre os campi da instituição e os programas de pós-graduação, nas diversas áreas do conhecimento.

Leopoldo Amado afirmou que o Instituto ocupa posição de vanguarda na produção de pesquisa no continente africano. “Trabalhamos com a preocupação de aliar investigação e ensino, duas dimensões fundamentais para enfrentar os muitos problemas de nossas populações. A parceria com uma universidade de excelência como a UFMG agrega conhecimento técnico e científico e competência de pesquisa, sobretudo visando a estudos avançados de pós-graduação em nosso país”, disse o diretor do Inep. Amado ministra até a próxima semana, no Programa de Pós-graduação em História, curso sobre colonialismo e lutas de libertação nacional na África, já como parte do escopo do convênio assinado hoje.

Consultoria da Biblioteca

A Guiné-Bissau era o único país lusófono da África com o qual a UFMG não mantinha convênio, segundo a professora Vanicléia Santos, diretora do Centro de Estudos Africanos, que também participou do encontro. No início deste ano, Vanicléia esteve na Guiné-Bissau para definir com o Inep os termos do acordo.

Na ocasião, o diretor da Biblioteca Universitária (BU), Wellington Marçal, estabeleceu com os gestores da biblioteca do Inep, que tem status de biblioteca nacional da Guiné-Bissau, condições para assessoria em diversos âmbitos. Equipes da BU vão dar suporte na informatização do acervo, na organização de bibliografia sobre aspectos da nacionalidade guineense, na implantação de controle bibliográfico (análogo ao ISBN brasileiro) e na formação técnica de bibliotecários.