Pesquisa e Inovação

UFMG é segunda universidade ‘mais empreendedora’ do país

Ranking da Brasil Júnior considera aspectos como cultura empreendedora, inovação, internacionalização e infraestrutura

Atividade do evento Bio Based, uma das ações que mobilizam estudantes da UFMG
Atividade do evento Bio Based, uma das ações que mobilizam estudantes da UFMG CTIT / Divulgação

A UFMG é a segunda universidade “mais empreendedora” do Brasil, segundo ranking divulgado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior). A pesquisa considerou dados fornecidos pelas universidades e respostas mais de dez mil estudantes, contemplando aspectos como cultura empreendedora, inovação, capital financeiro, internacionalização, infraestrutura e extensão.

O Índice de Universidade Empreendedoras (IUE 2017), que inclui 55 instituições, classificou a USP em primeiro lugar. A pesquisa foi realizada entre junho e agosto deste ano. Os estudantes responderam sobre tópicos como diversidade, metodologias de ensino e motivações para ingresso e permanência das universidades.

De acordo com Juliana Crepalde, coordenadora geral da CTIT, núcleo de inovação e transferência tecnológica da UFMG, a posição de destaque da Universidade no ranking da Brasil Júnior mostra como a UFMG acerta ao tomar como missão institucional o tema da inovação e do empreendedorismo.

“A UFMG forma pessoas como novo perfil, atentas a oportunidades de carreira que vão além das tradicionais”, afirma a coordenadora, lembrando que a Universidade realizou recentemente um mapeamento de todas as disciplinas com caráter de empreendedorismo e inovação para criar uma formação transversal, flexível e aberta a estudantes de todas as áreas do conhecimento.

Ainda segundo Juliana Crepalde, a UFMG incentiva os alunos com ações diversas, como competições de modelos de negócios, e participa de redes internacionais – como a Empreendia, iberoamericana, e o programa Global Innovation Campus, liderado pela Universidade de Berkeley (EUA) – que já levaram seus estudantes a experiências fora do Brasil.

Estas são, na ordem, as 10 universidades mais bem colocadas no ranking que mede cultura empreendedora:

Universidade de São Paulo (USP) - 7,26
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - 6,90
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - 6,84
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - 6,45
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) - 6,18
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) - 6,16
Universidade Federal de Viçosa (UFV) - 5,91
Universidade de Brasília (UnB) - 5,86
Universidade Federal de Itajubá (Unifei) - 5,80
Universidade Federal do Paraná (UFPR) - 5,74

Vitória na Finlândia

Os estudantes de Medicina da UFMG Bruno Nascimento e Mariane Melo, integrantes da equipe Rhythm Watch, venceram, no último fim de semana, em Helsínque, Finlândia, a competição Ultrahack 2017 Sprint II, um dos mais importantes eventos de inovação da Europa. Eles apresentaram, seguindo proposta do evento, um aplicativo para smartphones e relógios inteligentes capaz de melhorar a qualidade de vida de pacientes com Mal de Parkison e outros idosos.

O aplicativo monitora os tremores e os batimentos cardíacos, regula as tomadas de medicamentos e informa os familiares sobre o estado do paciente.

A equipe foi formada pela fusão da Pharmaview, campeã da quarta edição do UFMG Challenge, realizada no início deste mês – com a proposta de criação de uma vacina terapêutica para o tratamento da dependência química em cocaína e crack – com a MedTechBr, vencedora da terceira edição, com um dispositivo inteligente de liberação de medicamentos. A equipe vencedora conta ainda com o professor da Faculdade de Medicina Frederico Garcia, que não esteve na Finlândia, e o cientista da computação Alex Gonçalves, formado na UFMG. O engenheiro biomédico canadense Brian Irvine, que colaborou durante o evento.

O Ultrahack Sprint II reúne estudantes do mundo todo para competir em diferentes hackatons (maratonas de desenvolvimento de ideias). Os estudantes da UFMG venceram o Health Hack, cujo objetivo foi o desenvolvimento de soluções para auxiliar pacientes com Mal de Parkinson por meio de estratégias de gamificação. A esse prêmio se juntou o de melhor solução mobile para o Polar Smart Watch. Outras informações estão no site da competição.

Mariane Melo e Bruno Nascimento (à sua esquerda) recebem a premiação em Helsínque
Mariane Melo e Bruno Nascimento (à sua esquerda) recebem a premiação em Helsínque Arquivo pessoal