Ranking QS mostra evolução da UFMG em indicadores importantes
Dados mostram desempenho melhor na reputação entre acadêmicos e empregadores; instituição mantém-se entre as sete brasileiras mais bem avaliadas
A UFMG registrou avanços em indicadores importantes – relacionados a reputação entre acadêmicos e entre empregadores – na edição de 2022 do ranking global QS (QS World University Rankings), publicada nesta terça, dia 8 de junho.
No indicador Reputação acadêmica, a UFMG subiu 25 posições na classificação – passou da 306ª, na edição 2021, para a 281ª posição, atingindo seu melhor desempenho. Nesse mesmo indicador, a Universidade teve pontuação significativamente mais alta que na edição anterior (30,1 contra 27,7). O mesmo se deu no critério Reputação entre empregadores (9,6 contra 8,1).
A UFMG manteve-se entre as sete universidades brasileiras mais bem avaliadas pelo QS e foi classificada entre as 50% melhores, melhor resultado nos últimos nove anos. A posição geral da Universidade está na faixa 651-700, o que representa estabilidade nas últimas três edições.
Aos indicadores Reputação acadêmica, que tem peso de 40% na avaliação do QS, e Reputação entre empregadores (10%), somam-se Proporção de professores e alunos (20%), Citações por corpo docente (20%), Proporção de professores internacionais (5%) e Proporção de estudantes internacionais (5%).
O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, professor Mario Montenegro Campos, ressalta que a melhora expressiva nos critérios relativos a reputação entre acadêmicos e empregadores é “fruto de trabalho competente e perseverante, tanto no desenvolvimento de pesquisa de ponta e inovação tecnológica como na formação de pessoal altamente qualificado em nível de graduação e pós-graduação”.
A UFMG é a única universidade fora do eixo Rio–São Paulo no grupo das sete brasileiras mais bem colocadas nesta edição do ranking. Elas são, nesta ordem, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), a UFMG e a PUC-Rio (estas duas últimas ocupam a mesma faixa de classificação).
Dimensões negligenciadas
O Ranking QS foi criado em 2004, e a UFMG aderiu a ele em 2011. Segundo o professor Carlos Basílio Pinheiro, diretor de Produção Científica da PRPq, os diversos rankings universitários não são universais, na medida em que diferentes universidades de diferentes países têm missões e características também distintas. “Dimensões importantes da UFMG, que é uma instituição pública e gratuita, dedicada a atender múltiplas demandas da sociedade, são negligenciadas pelos rankings globais”, ele afirma, ressalvando que as classificações podem se tornar ferramentas úteis para o autoconhecimento institucional.
Na edição do QS publicada nesta terça-feira, foram avaliadas 6.415 universidades (frente às cerca de 5.500 na edição de 2021) de 93 países, e 1.300 foram ranqueadas. Cento e quarenta e cinco instituições aparecem pela primeira vez. Do Brasil, foram classificadas 27 universidades – no último ano foram 14.
Efeito da redução de recursos
“É sempre muito bom ver a UFMG figurar entre as melhores universidades do país, mostrando o reconhecimento que temos recebido por ser uma instituição de qualidade e relevância para o país. Mas a Instituição não pode pautar suas ações pelas métricas desses rankings, que têm características muito específicas e comparam contextos regionais e internacionais muito distintos”, afirma a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.
Ainda de acordo com Sandra, a UFMG deve se pautar sempre pela excelência no ensino, pesquisa e extensão e pelo “compromisso fundamental de atender às demandas da sociedade, do nosso estado e do país”. Nesse sentido, ela continua, “temos que estar atentos à situação de restrição orçamentária que pode ter enorme impacto no desempenho futuro de nossas instituições. Por isso, é crucial que essa situação seja revertida com o rápido restabelecimento de financiamento adequado, consistente e sustentável, porque somos imprescindíveis para o desenvolvimento econômico e social do nosso país.”
As cinco instituições mais bem classificadas no ranking QS 2022 são, pela ordem, o Massachusetts Institute of Technology (MIT, EUA) e as universidades de Oxford (Reino Unido), Stanford (EUA), Cambridge (Reino Unido) e Harvard (EUA).