UFMG inicia nova etapa de enfrentamento da pandemia
Comitês locais e grupos de trabalho vão oferecer suporte científico ao comitê central, que propôs as primeiras orientações para a retomada
Comitês locais estruturados nas unidades acadêmicas e grupos de trabalho vinculados ao Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG vão embasar cientificamente a Universidade em uma nova etapa de enfrentamento da pandemia de Covid-19. No momento em que a Instituição abre consulta sobre as condições discentes de acesso à internet e a meios digitais, a proposta formulada pelo comitê central da UFMG, que começa a ser divulgada neste mês, é mais um passo para o planejamento do retorno gradual das atividades em curto, médio e longo prazos.
“O conhecimento técnico e científico sobre a Covid-19 e a nova realidade superveniente estão se acumulando, e, neste momento, torna-se necessário ampliar a capacidade de assessoramento do comitê por meio de Grupos de Trabalho (GT) organizados por temas relacionados à pandemia”, justificam, na proposta, os integrantes do grupo.
Uma das participantes do comitê central, a pró-reitora de Extensão Claudia Mayorga afirma que tanto os comitês locais quanto os grupos temáticos terão papel crucial nas discussões de planejamento da retomada. “Nossa expectativa é que esse processo ocorra por meio do diálogo continuado”, afirma a pró-reitora.
As unidades acadêmicas já iniciaram esforços para formar comitês locais, com a indicação de representantes. “Sugere-se que, a partir de junho, os comitês locais possam incumbir-se de elaborar um diagnóstico da unidade e, eventualmente, monitorar o cumprimento das normas de governança para enfrentamento da pandemia, com base nas orientações gerais da Administração Central e do Comitê Permanente”, informa o documento.
De acordo com a proposta, os comitês locais devem prever adaptações em infraestrutura física e elaborar protocolos sanitários específicos para servidores (docentes e técnico-administrativos), colaboradores e discentes.
Referências técnicas
Outra frente de suporte ao comitê central são os grupos de trabalho, formados por especialistas de diferentes áreas do conhecimento para assessoramento em tópicos específicos. “O objetivo do GT é promover a reflexão e elaboração conceitual sobre os problemas que se apresentam para a UFMG e para a sociedade na situação da pandemia”, informa o documento. Esses grupos poderão produzir relatórios técnicos com diretrizes para orientar os comitês locais, a comunidade acadêmica e a sociedade, funcionando como referência para comunicação com a população e com a mídia acerca dos temas definidos.
Três grupos de trabalho já estão constituídos: o GT Espaço Físico, estabelecido na Escola de Arquitetura para elaborar alternativas de organização espacial da Universidade que atendam às novas necessidades sanitárias e às mudanças definitivas que garantirão o uso mais democrático e racional dos ambientes; o GT Monitoramento da Pandemia, composto de representantes da Força-Tarefa Covid-19 na UFMG e de epidemiologistas, vai analisar a situação epidemiológica da doença e elaborar, no âmbito da Universidade, orientações quanto aos casos suspeitos ou confirmados e seus contatos por ocasião da retomada de atividades; o GT Saúde Mental, que vai atuar alinhado com a Rede Saúde Mental e a Comissão Permanente de Saúde Mental da UFMG. Outros três grupos ainda serão implementados: o de Impacto Socioeconômico, o de Biossegurança e Protocolos Sanitários e o de Aspectos Clínicos e Terapêuticos.
Ainda neste mês de junho, o Comitê Permanente planeja organizar conferências on-line para debater temas relacionados a essa nova fase de enfrentamento da pandemia, com reflexões sobre a chamada “nova normalidade”. A intenção é apresentar uma visão do que ocorre no país e no mundo e discutir os desafios impostos pela pandemia às relações de trabalho e interpessoais (inclusive no ambiente familiar) e às noções de bem e espaço comuns.
Orientações para a retomada
O novo coronavírus deverá permanecer ainda por muito tempo, e uma vacina acessível a todos só surgirá em alguns anos. Em algum momento, as pessoas terão de sair do isolamento com o vírus ainda circulando, mesmo em níveis mais baixos. Por fim, a chamada imunidade de grupo não alcançará um contingente populacional capaz de finalizar a epidemia. Com base nessas três premissas, o comitê de enfrentamento do coronavírus propôs 14 orientações iniciais que, de acordo com o documento, “deverão ser aprimoradas em diálogo permanente entre a Administração Central e a comunidade acadêmica”.
Entre as instruções, estão o reforço e a adesão às medidas de proteção individual divulgadas pelo próprio comitê, a reorganização e adequação dos ambientes acadêmicos e administrativos, respeitando a distância de dois metros entre as pessoas, o estabelecimento de rodízios e escalas de horários para a ocupação das salas de aula, a disponibilização de álcool em gel em todos os espaços, a exigência de uso de máscaras, a adoção de protocolos sanitário e comportamental, a divulgação de campanhas educativas e a elaboração de cuidados com o transporte coletivo e de recomendações para organização de eventos, atividades culturais e esportivas. A íntegra das orientações pode ser lida no documento.
O contato com o comitê permanente pode ser feito pelo e-mail comitecoronavirus@ufmg.br. Outras informações sobre a atuação da UFMG no combate à pandemia estão disponíveis no website Coronavírus.