Saúde

Projeto monitora nos campi doenças transmitidas pelo 'Aedes'

Seminário na manhã desta quinta vai mostrar objetivos e ações da iniciativa, parceria da Pró-reitoria de Administração com o ICB

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Criação Cedecom

Em seminário nesta quinta-feira, 28, a UFMG vai apresentar projeto de monitoramento e controle de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti nos campi da UFMG. O evento será das 9h às 11h, no Auditório 1A do CAD 1. O evento é aberto à comunidade e não é necessário inscrever-se previamente.

O encontro será conduzido pelo professor Álvaro Eduardo Eiras, do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, coordenador técnico do projeto, e por Marcelo Carvalho Resende, da Fundação Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde. Equipes da Pró-reitoria de Administração (PRA), do Departamento de Gestão Ambiental (DGA) e da Gerência de Controle de Zoonoses (regional Pampulha), da Prefeitura de Belo Horizonte, também participarão.

No evento, serão apresentados os objetivos do projeto bem como as ações que serão desenvolvidas. A idealização do projeto resulta de esforços de monitoramento da população do mosquito no campus Pampulha por pesquisadores do ICB, desde 2006. O vetor está presente durante todo o ano e em todas as unidades. De acordo com os pesquisadores do ICB, a Universidade pode se tornar um polo de transmissão de doenças, uma vez que, só no campus Pampulha, circulam mais de 50 mil pessoas, entre estudantes, servidores, prestadores de serviço e visitantes.

O projeto vai monitorar a população do mosquito adulto em tempo real, orientar as ações de controle sobre formas imaturas e indivíduos adultos, registrar a circulação dos vírus da dengue, chikungunya e zika, verificar a resistência do mosquito aos inseticidas e propor ações de controle integrado do vetor.

Armadilha para as fêmeas
Para que as doenças sejam transmitidas, é necessário que o mosquito esteja infectado e que a pessoa picada não tenha tido contato anterior com o vetor. O acompanhamento será feito por meio da armadilha GAT (Gravid Aedes Trap). O objeto exala um odor específico que atrai e apreende as fêmeas do Aedes, que são as responsáveis pelas infecções. Posteriormente, os insetos serão examinados para verificação de infecção. Atualmente, estão instaladas 167 armadilhas no campus Pampulha e 24 no campus Saúde.

Outra preocupação que move o projeto é a necessidade de conscientização e adesão da comunidade acadêmica. Para a análise correta das populações do Aedes, é fundamental que as armadilhas não sejam deslocadas, tombadas ou utilizadas como depósito de lixo. Caso alguma delas esteja nessas condições, a equipe do projeto pode ser acionada pelo e-mail controleaedes@dga.pra.ufmg.br ou pelos  telefones (31) 3409-4635 e 3406-3849.

O programa é iniciativa da Pró-reitoria de Administração (PRA), por meio do Departamento de Gestão Ambiental, em parceria com o Lintec, laboratório dedicado à inovação e ao empreendedorismo em controle de vetores, vinculado ao ICB.

As arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão entre os principais problemas de saúde pública do mundo. Atualmente, esse vetor transmite diversos vírus no território brasileiro, tais como dengue, chikungunya, zica, Moyaro, encefalites de Saint Louis e febre amarela – os três primeiros são os que representam maior risco epidemiológico e econômico para o país.