UFMG participa da Marcha Virtual pela Vida nesta terça
Programação local terá mesas-redondas sobre aspectos sociais e ambientais da pandemia e atuação sindical e estudantil no combate à Covid-19
A UFMG se unirá, nesta terça, 9, a outras instituições de pesquisa, saúde, educação e de diferentes setores da sociedade civil na Marcha Virtual pela Vida. O ato nacional, promovido pela Frente pela Vida, lançada por várias entidades da sociedade civil no último dia 29, terá programação para o dia todo, com divulgação de vídeos, tuitaço, painéis de debates e apresentação cultural nas redes sociais das entidades parceiras.
Em mensagem de vídeo, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida conclamou a comunidade da UFMG a aderir à marcha. "Defender o direito à vida é defender a ciência e os dados científicos da Covid-19, é defender o Sistema Único de Saúde, o meio ambiente, a democracia e a igualdade de direitos", afirmou.
"O objetivo é sensibilizar gestores públicos e governantes para a defesa de direitos fundamentais que promovam vida digna para todos”, resume o professor da Faculdade de Educação Luciano Mendes, representante regional da SBPC em Minas, uma das entidades que estão à frente
“O Brasil é hoje o epicentro da pandemia da Covid-19 na América Latina, com a maior taxa de transmissão da doença, o segundo maior número de casos no mundo e a maior taxa diária de mortes, mesmo sem considerar a subnotificação. Segundo o professor, esse cenário, descrito na declaração divulgada no dia 29 de maio, por ocasião do lançamento da Frente pela Vida, justifica a mobilização.
“Todas as instituições que já aderiram ao movimento (mais de 60, além de artistas e intelectuais) concordam que o retorno das atividades econômicas não pode ocorrer de forma açodada, sem considerar o impacto da quebra do isolamento social sobre a vida, especialmente das populações mais fragilizadas”, afirma o professor.
Programação
Luciano Mendes destaca ainda a necessidade de se promover reflexão sobre o futuro, considerando a proximidade das eleições municipais. “Precisamos construir uma plataforma que embase as eleições municipais, na defesa da saúde e da educação, sem prejuízo ao fortalecimento dos direitos fundamentais que promovam vida digna para todos”, acrescenta.
A programação da UFMG prevê a realização de duas mesas-redondas. A primeira, que será aberta às 9h pela reitora Sandra Goulart Almeida, discutirá os Aspectos sociais e ambientais da pandemia de Covid-19, com transmissão pelo canal do Youtube da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC). Participarão do debate a pró-reitora de Extensão, Cláudia Mayorga, e os professores Aristóteles Góes Neto, do ICB, e Raoni Rajão, da Escola de Engenharia. A mediação será feita pelo jornalista Marcílio Lana, do Centro de Comunicação (Cedecom).
A partir das 10h30, também com transmissão pelo canal da CAC, a segunda mesa-redonda abordará a participação de representações sindicais e estudantis na defesa da vida. Os convidados são a professora Maria Stella Goulart, da Apubh, Gabriel Lobo, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), e Cristina del Papa, do Sindifes. O professor Dawisson Lopes Belém, diretor adjunto de Relações Internacionais, será o moderador.
No mesmo horário, a mesa-redonda Saúde e educação no município: uma plataforma em defesa da vida reunirá a professora da Faculdade de Medicina da UFMG Alzira de Oliveira Jorge, diretora do Hospital Risoleta Tolentino Neves, e de Luciano Mendes, como moderador. Completam a mesa, que terá transmissão pelo YouTube e pelo Facebook da entidade, Marileide Lopes dos Santos, diretora da Escola Municipal Vila Fazendinha, em Belo Horizonte, Marcos César Freitas, professor da Unifesp, Wagner Sousa, do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Sindacs-RJ), Hisham Mohamed Hamida, secretário de Saúde de Goianésia (GO) e diretor do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), e Marcelo Ferreira da Costa, dirigente municipal de Educação de Goiânia e vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Tuitaços e depoimentos
Das 12h às 13h, um tuitaço nacional, com as hashtags #MarchaPelaVida e #FrentePelaVida, marcará a participação das pessoas, que também poderão optar pelo uso de avatar para indicar presença nos locais de manifestação. Os organizadores da marcha sugerem o aplicativo Manif.app, que tem orientações de uso disponíveis na página do evento.
A programação segue à tarde, com painel de depoimentos de pessoas e instituições sobre os seis pilares da Frente pela Vida, ato político, às 16h, no Congresso Nacional, e programação cultural, a partir das 18h, no encerramento do evento.