Institucional

UFMG participa de campanha nacional contra cortes em educação e ciência

Como parte da mobilização, Universidade promove dois painéis on-line nesta terça, 21, com transmissão pelo YouTube

Mobilização é organizada por entidades científicas e acadêmicas que compõem a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br)
Mobilização é organizada por entidades científicas e acadêmicas que compõem a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) Divulgação |SBPC

A UFMG participará nesta terça-feira, 21, da campanha nacional Não aos cortes em educação e ciência, organizada pelas entidades científicas e acadêmicas que compõem a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), entre elas a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

A UFMG programou dois painéis on-line. O primeiro, com o tema Sem presente, sem futuro: educação e ciência em risco, será realizado das 16h às 18h, com a proposta de colaborar com a reflexão sobre o papel das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na Universidade para os diversos setores da sociedade e o impacto dos cortes de recursos sobre esse trabalho. 

O painel terá mediação do pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Fernando Reis, e contará com a participação das professoras Natacha Rena, da Escola de Arquitetura, Lívia Pancrácio de Errico, da Escola de Enfermagem, Maria Fernanda Salcedo Repolês, da Faculdade de Direito, Marina de Lima Tavares, da Faculdade de Educação, e do professor Francisco de Paula Antunes Lima, da Escola de Engenharia. Haverá transmissão pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no YouTube.

De acordo com o pró-reitor Fernando Reis, a proposta é que os convidados apresentem um resumo sobre projetos desenvolvidos na UFMG em diferentes áreas e façam uma avaliação das atuais condições de financiamento. “Qualquer corte, como o que atingiu o FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e o Ministério da Educação, implica dificuldade de manutenção dos projetos, com prejuízos muitas vezes irreversíveis”, alerta. 

Reis destaca que os cortes também atingem ações destinadas para a permanência de estudantes assistidos em instituições que, como a UFMG, tiveram ampliado seus corpos discentes nos últimos anos, como resultado da adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

“A UFMG está sendo profundamente afetada pelos cortes e bloqueios orçamentários que atingiram o MEC e as agências federais de fomento à pesquisa. Para piorar, a lei recém-aprovada que reduz o ICMS arrecadado pelos estados poderá comprometer drasticamente a receita das agências de fomento estaduais, como a nossa Fapemig [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais]”, adverte.

O pró-reitor destaca que a UFMG é uma das melhores universidades do continente e tem forte liderança em todas as áreas, por isso é essencial que mostre ao país o quanto produz de conhecimento avançado e como os investimentos em ciência se revertem em produtos inovadores e riqueza para toda a sociedade.

Educação básica
Também nesta terça, das 18h às 20h, será realizado outro painel, intitulado Educação e ciência em risco: essencialidade da ciência para a educação básica, mediado pela professora Viviane Alves, diretora de Divulgação Científica da UFMG, com a participação das professoras Ana Cristina Ribeiro Vaz, do programa UFMG Jovem Conhecimento para Todos, Cleida Aparecida de Oliveira, do mestrado profissional em Ensino de Biologia, Nilma Soares da Silva, da Comissão de Formação Inicial e Continuada de Professoras da Educação Básica (Comfic), Rúbia Santos Fonseca, da Rede de Museus e Espaços de Ciência e Cultura, e do professor Santer Alvares de Matos, da Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat). A transmissão será pelo canal da Proex no YouTube.

“A participação nesta manifestação virtual é uma forma de nos posicionarmos contra os cortes na educação e na ciência”, reforça a professora Viviane Alves. Ela destaca que os cortes de verbas podem, por exemplo, reduzir o alcance de iniciativas como a UFMG Jovem e a Febrat, feiras de ciências que estimulam o ensino baseado na investigação e no espírito crítico, contribuindo para o ingresso de estudantes na carreira científica.

A programação completa da campanha nacional Não aos cortes em educação e ciência está disponível no site da SBPC.

Alessandra Ribeiro