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UFMG retoma atividades presenciais, reforça e atualiza orientações de proteção contra a covid-19

Retorno ocorre em todas as áreas, e plano tem alterações, que seguem novas recomendações do Comitê da UFMG

Estudantes no campus Saúde: recomendações incluem uso de máscaras também nos espaços externos
Estudantes no campus Saúde: recomendações incluem uso de máscaras também nos espaços externos Foca Lisboa | UFMG

Nesta segunda-feira, 28, a UFMG retoma integralmente as atividades presenciais em seus campi, em todas as áreas, com o início do primeiro semestre letivo de 2022. Ao mesmo tempo, passa a vigorar versão recém-atualizada do Plano de Retorno da Universidade, que continua em sua Etapa 3, aquela em que não há restrição com relação ao teto de ocupação dos espaços físicos. As salas de aula já estão configuradas de acordo com os protocolos que regem o retorno, o uso de máscaras continua obrigatório, tanto nos espaços internos quanto nos externos, e há novas recomendações sobre quarentena e suspensão de aulas, que geram benefícios à organização da logística das atividades acadêmicas e administrativas.

De acordo com o Comitê Permanente da UFMG de Enfrentamento ao Novo Coronavírus, a retomada integral das atividades nos campi é segura neste momento da pandemia em Minas Gerais e nas cidades que abrigam a UFMG (Belo Horizonte, Montes Claros e Tiradentes). “Temos atualizado as orientações com base em tudo que aprendemos nos últimos dois anos e considerando mudanças no cenário da pandemia, sobretudo a ampla cobertura vacinal no estado, nos municípios e na comunidade acadêmica”, afirma a coordenadora do Comitê, professora Cristina Alvim. Ela salienta que 98% da comunidade universitária está imunizada com pelo menos duas doses, segundo levantamento feito por meio do sistema MonitoraCovid.

Nesta semana, o Comitê Permanente atualizou as recomendações sobre monitoramento da circulação do vírus, com base nas publicações mais recentes da Fiocruz e do Center of Disease Control and Prevention (CDC), órgão máximo de prevenção e controle de doenças nos Estados Unidos. Foram reduzidos os tempos de quarentena de contatos e isolamento de pessoas assintomáticas, como está detalhado no quadro 1 do Plano.

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida comenta a importância da retomada das aulas e de outras atividades nos campi de Belo Horizonte e Montes Claros, em condições de segurança para a saúde da comunidade. “Este é um momento muito especial para a UFMG. Enfrentamos a pandemia com coragem e muito trabalho, sem parar em nenhum momento, mantendo da melhor forma possível a Universidade em ação e contribuindo significativamente por meio de pesquisas e iniciativas de apoio aos setores mais vulneráveis da sociedade. Ao mesmo tempo, nos preparamos muito para o retorno presencial, que ocorreu aos poucos, desde agosto de 2020. Todas as ações contaram sempre com o respaldo fundamental do nosso comitê de especialistas, incansáveis no acompanhamento da pandemia e na produção de orientações”, afirma a reitora.

Novo protocolo
Segundo o protocolo anterior, cada caso de infecção confirmado em uma turma de graduação, por exemplo, provocava a suspensão das aulas daquele grupo por 14 dias. Novos achados e conhecimentos sobre transmissão e outras características da doença – já se sabe, entre outras coisas, que o vírus é transmitido de dois dias antes a três dias após o aparecimento dos sintomas – autorizam a atualização do protocolo. A partir de agora, as aulas serão suspensas por uma semana se aparecerem, numa mesma turma, três casos no prazo de até sete dias.

Outra recomendação incorporada ao plano de retorno diz respeito ao uso dos auditórios, que devem ser ocupados com um assento vazio entre cada dois ocupados. Se for inevitável manter ligado o ar-condicionado, é preciso garantir a troca de ar entre os ambientes interno e externo, com portas e janelas abertas, ou usar filtros de partículas de ar de alta eficiência. Todas as pessoas devem usar máscaras bem ajustadas, de preferência o modelo PFF2.

Cristina Alvim enfatiza que, como ainda é elevada a incidência de infecções – embora sejam baixas as taxas de hospitalização e óbitos –, é muito importante manter as medidas não farmacológicas que reduzem a transmissão do vírus. Máscaras deverão ser usadas durante todo o tempo de circulação nos campi, e os ambientes internos estão sendo organizados com vistas a fazer o ar circular e propiciar, sempre que possível, a distância de um metro entre as pessoas. Álcool em gel deve estar disponível. “Precisamos lembrar sempre que a vacina protege principalmente contra doença grave, internações e mortes, mas não impede 100% a infecção. Por isso, enquanto permanecer a situação de pandemia, o retorno presencial com segurança deve ser acompanhado pela combinação de medidas complementares à imunização”, diz a professora da Faculdade de Medicina, que assume em abril a vice-diretoria da Unidade.

Atenção constante
O comitê que orienta as ações da Universidade de proteção contra a covid-19 analisa permanentemente o quadro epidemiológico, ressalta o virologista Flávio da Fonseca, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e membro do colegiado. Ele lembra que as taxas de transmissão do vírus e de ocupação de leitos regulares e de UTI estão nos níveis mais baixos desde o início da pandemia. “A variante ômicron provocou aumento da infecção, mas não a doença grave. A vacinação, adotada por grande maioria da população, foi fundamental contra a ômicron”, afirma.

Fonseca explica que a avaliação que atesta a segurança para o retorno integral de estudantes, servidores e trabalhadores terceirizados aos campi não considera o quadro que se apresentava nos últimos dias, e sim análises feitas durante os últimos meses. “Trabalhamos com a evolução de indicadores e a verificação de tendências nos cenários geral e local da pandemia”, ele diz. “Essa atenção permanente nos dá também a tranquilidade de, quando for o caso, recomendar um passo atrás. Vamos adiante, mas podemos nos mobilizar rapidamente para retroceder, se for apropriado para a preservação da saúde da comunidade.”

Reforço na vacinação
O início do semestre letivo será marcado por estratégias de acolhimento, sinalização dos espaços e divulgação das medidas de proteção. Os integrantes da comunidade da UFMG serão incentivados a vacinar-se (iniciar ou completar o ciclo), e esse esforço inclui a implantação, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, de duas unidades de vacinação, uma no campus Pampulha e outra no campus Saúde. A operação dessas unidades será coordenada pela Escola de Enfermagem. Além de aplicar a vacina, as equipes darão informações sobre a imunização e outros temas relacionados à pandemia. A UFMG lançou campanha educativa de incentivo e esclarecimento sobre a vacinação. Comissão do Conselho Universitário analisa as ações para garantir a ampla vacinação da comunidade e avaliar a viabilidade de adoção do comprovante vacinal.

Os membros da comunidade são estimulados a informar sua situação vacinal no site MonitoraCovidUFMG, que reúne os dados sobre a covid-19 e possibilita o acompanhamento da evolução de casos na Universidade. Informações sobre as ações da UFMG de enfrentamento da pandemia estão disponíveis no site coronoavírus.          

Itamar Rigueira Jr.