Institucional

Retorno de equipes administrativas aos campi segue monitoramento da pandemia

Etapa 3 entra em vigor em 10 de janeiro; estudantes passarão a ter aulas integralmente presenciais em março, no início do período letivo

Praça de Serviços do campus Pampulha
Praça de Serviços do campus Pampulha Foto: Ewerton Martins Ribeiro | UFMG

A UFMG acaba de publicar nova atualização do seu Plano de retorno presencial, documento que vem balizando, desde meados de 2020, a volta gradual e calculada da comunidade universitária às suas instalações físicas. O documento informa que, no dia 10 de janeiro, a Universidade entrará na etapa 3 desse seu plano de retorno às atividades presenciais, em que não haverá limite de teto para ocupação dos espaços físicos por atividades administrativas.

O retorno integral dos estudantes às atividades presenciais ocorrerá apenas no primeiro período letivo de 2022, que terá início em março. O  período  em curso (2021/2), que será encerrado em meados de fevereiro, seguirá sendo ministrado até o fim no regime de Ensino Híbrido Emergencial (EHE), que mescla atividades presenciais com atividades remotas.

Segundo a Administração Central, o período entre janeiro e março servirá justamente para que a Universidade prepare a transição do EHE para o seu modelo de ensino tradicional, pré-pandemia. “Além das orientações descritas no Plano de Retorno, serão divulgadas oportunamente novas recomendações para o planejamento das atividades acadêmicas, a serem aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), e das atividades administrativas, a serem conduzidas pela Pró-reitoria de Recursos Humanos”, informaram a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira em nota divulgada ontem (quarta, 15).

“Sabemos que a presença física é essencial e insubstituível na vida universitária, em especial para a qualidade dos cursos e atividades oferecidos, a criação de vínculos interpessoais e com a Instituição, a saúde mental da nossa comunidade e o cuidado com a inclusão e permanência de estudantes”, acrescentaram os dirigentes na nota. Eles também explicam as razões e o contexto em que ocorre a volta da Universidade às suas atividades presenciais. “A partir da redução expressiva na morbidade e letalidade da Covid-19, proporcionada pela ampla cobertura vacinal, o Comitê Permanente da UFMG de Enfrentamento ao Coronavírus indicou que há condições seguras para ocupação presencial dos espaços físicos, sem restrição quanto ao teto máximo de pessoas.”

No documento, os dirigentes ainda salientaram “a importância de mantermos as medidas sanitárias essenciais, como o uso de máscaras, o distanciamento social, a higiene das mãos e a ventilação dos ambientes”. “Nós vamos acompanhar de maneira muito cuidadosa a vacinação da nossa comunidade”, afirma a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, em conversa com o Portal UFMG. “O mais importante agora é que todos se vacinem, estudantes, professores, servidores técnico-administrativos, profissionais terceirizados. Vamos concentrar esforços coletivos para que haja vacinação completa de toda a comunidade”, garante.

O Plano de retorno presencial informa que, caso piorem os indicadores epidemiológicos e assistenciais relacionados à covid no país, a Universidade poderá retroceder à etapa 2, que determina ocupação máxima de 40% de seus espaços físicos pelas pessoas. “Vamos acompanhar a avaliação epidemiológica e, havendo necessidade, claro que vamos voltar à etapa anterior, como já fizemos no passado. Esse movimento de retorno ao presencial é um movimento que realizamos com base nos dados da ciência e em tudo o que já aprendemos sobre essa pandemia. Seguiremos sempre acompanhando a ciência”, garante a dirigente da UFMG.

O cuidado precisa continuar
Com a transição para a etapa 3, a nova versão do Plano de retorno presencial recomenda a manutenção, sempre que possível, do distanciamento de um metro entre as pessoas nos ambientes de utilização coletiva, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento contém ainda orientações específicas para o retorno dos profissionais com deficiência e uma nova edição do Protocolo de Biossegurança e Organização dos Espaços, que foi tornado mais sucinto, objetivo e compreensivo.

O uso de máscara seguirá obrigatório nos espaços da UFMG nesse retorno às atividades presenciais – são recomendadas as máscaras N95 e PFF2, que têm 95% de capacidade de filtragem de partículas do ar e estão sendo oferecidas pela instituição aos seus profissionais e estudantes por meio da gestão de cada unidade, como medida educativa. Quem, ainda assim, optar por máscaras de tecido deve escolher versões que tenham duas ou três camadas, entre outras recomendações quanto ao uso, que são detalhadas no documento. De todo modo, seja de que tipo for, a máscara deve cobrir totalmente o nariz, a boca e o queixo, e não ficar folgada no rosto.

“Com base no que sabemos até o momento, é razoável supor que o Sars-CoV-2 fará parte de nosso ‘repertório’ de vírus respiratórios por tempo indeterminado, e  teremos que nos habituar às medidas de prevenção não farmacológicas, pelo menos enquanto a pandemia não estiver controlada. Reduzir a circulação do vírus é importante para evitar a doença e o surgimento de novas variantes de preocupação”, reitera a nova versão do plano. “O desafio do controle da transmissão da covid-19 pode ser explicado pela possibilidade de indivíduos assintomáticos ou com sintomas leves e inespecíficos serem transmissores. Por isso, as medidas de biossegurança devem ser entendidas como um pacto coletivo, assumido por toda a comunidade”, afirma-se no documento.

Reunião do Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG, realizada no último dia 3
Reunião do Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus, realizada no último dia 3 Foto: Teresa Sanches | UFMG


MonitoraCovid
Uma novidade da nova edição do plano é que os profissionais da Universidade não precisarão mais preencher o MonitoraCovid sempre que se dirigirem a uma atividade presencial: agora, o uso do sistema ficará mais circunscrito aos casos de suspeita de contaminação ou de contato com contaminado. Assim, quem apresentar sintomas sugestivos de covid ou estiver em contato domiciliar com alguém acometido por covid deve permanecer em casa e acessar o MonitoraCovid, que encaminhará a pessoa ao Telecovid, serviço remoto de assistência do Hospital das Clínicas. Lá, ela receberá orientações de um profissional de saúde. Vale ainda lembrar que servidores e estudantes da área da saúde contam com orientações específicas no documento.

“É importante que avancemos”, completa a reitora da UFMG. “A situação hoje é diferente do que era há quase dois anos. Hoje nós já conhecemos mais sobre a pandemia. A mudança para a etapa 3 do nosso plano de retorno está sendo feita com muito planejamento, muita discussão, pensando principalmente na necessidade que temos de retornar. É muito importante a presença física da nossa comunidade nos nossos espaços físicos. É imprescindível não apenas para garantir a qualidade dos cursos ofertados, mas também para a manutenção dos nossos vínculos e para que possamos dar todo o apoio necessário aos nossos estudantes, em seu acesso à instituição. Há ainda a questão da saúde mental de toda a comunidade. É importante estarmos juntos, juntos e de forma segura”, convoca a reitora.

Histórico

O avanço da UFMG para a etapa 3 de seu plano de retorno é mais um de uma série de passos que a Universidade vem dando, desde o início de 2020, quando as atividades presenciais foram totalmente interrompidas, para retornar gradativamente às atividades presenciais, até que a Universidade pudesse finalmente retomar integralmente as suas atividades.

Alguns desses passos: o advento, no segundo semestre de 2020, do Ensino Remoto Emergencial (ERE); a retomada, a partir de agosto de 2020, de algumas atividades de estágios em serviços de saúde, começando pelos estudantes concluintes e aumentando progressivamente as atividades práticas presenciais assistenciais e laboratoriais; a publicação, em setembro de 2020, da primeira versão do plano de retorno às atividades presenciais, reformulado duas vezes desde então.

Mais: a substituição, em agosto de 2021, do sistema de ERE pelo regime de Ensino Híbrido Emergencial (EHE), que possibilitou à Universidade equilibrar atividades presenciais e remotas; a mudança, em 13 de setembro de 2021, da etapa 1 (permissão de ocupação máxima de 20% dos espaços físicos) para a etapa 2 (ocupação máxima de 40%) e, finalmente, a atual transição para a terceira e última etapa do plano de retorno.

Acompanhe informações sobre as ações da UFMG relacionadas à pandemia.