UFMG sediará observatório da autonomia do Grupo Montevidéu
Criação de indicadores para comparar o grau de autonomia entre os países, busca de boas práticas e identificação de riscos estão entre os objetivos da iniciativa
![Flickr UFMG Brasão da UFMG projetado em sala do período da Reitoria](https://ufmg.br/thumbor/Y-VlD_yrjFfM_-rbbMSYEyge23I=/0x0:2048x1365/2048x1365/https://ufmg.br/storage/3/8/8/6/388680e07552a3aa6c9232f9389d52ea_16087425672185_1417967829.jpg)
A UFMG sediará o Observatório Regional de Autonomia e Orçamentos Universitários da Associação de Universidades Grupo Montevideu (AUGM), que reúne instituições públicas e autônomas de seis países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai). A proposta de criação da instância, feita pela própria UFMG, foi aprovada na semana passada, durante reunião do Conselho Consultivo da entidade, do qual faz parte a reitora Sandra Goulart Almeida.
O Observatório vai propor indicadores para comparar os graus de autonomia universitária entre os países, buscar boas práticas e iniciativas capazes de contribuir para a expansão da autonomia universitária e identificar riscos por meio de dispositivos de alerta precoce.
Sandra Goulart Almeida destaca que, para a UFMG, é uma honra abrigar essa nova instância, que terá papel muito importante para a reflexão crítica sobre a autonomia universitária e as diferentes formas de definições orçamentárias para as universidades públicas que integram a AUGM, sob perspectiva comparada. “A autonomia universitária é, historicamente, uma condição constitutiva para se pensar as universidades e seu papel imprescindível na produção de conhecimento nas mais diversas áreas e na liberdade de expressão, pesquisa e cátedra.”
Para o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Tuffi Saliba, iniciativas do gênero se justificam pelo fato de que a defesa da autonomia universitária, princípio instituído no Brasil pela Constituição de 1988, "tem sido interpretada de maneira restritiva".
Responsável pela concepção e pelo encaminhamento da proposta, Aziz explica que a coordenação e a estrutura do Observatório serão definidas no início do próximo ano, mas adianta que a proposta de uma estrutura enxuta foi avaliada como positiva pela AUGM. Ele informa, ainda, que existe a possibilidade de que professores e pesquisadores interessados no tema se incorporem à iniciativa.
A AUGM é presidida pelo professor Enrique Mammarella, reitor da Universidade Nacional do Litoral, da Argentina. Sandra Goulart Almeida é a vice-presidenta da entidade.