UFMG volta à etapa zero do plano de retorno das atividades presenciais
Decisão entra em vigor na segunda-feira, 15 de março
Com a suspensão de todas as atividades presenciais, exceto as essenciais para o enfrentamento da pandemia e de manutenção, a UFMG decidiu voltar à etapa zero do Plano para o retorno presencial de atividades não adaptáveis ao modo remoto. A medida, que entra em vigor nesta segunda-feira, dia 15, foi fundamentada por orientações dos comitês de enfrentamento do coronavírus da UFMG e da Prefeitura de Belo Horizonte.
“Vivemos um momento de extrema gravidade, em que observamos elevada incidência de novos casos de covid-19, circulação de novas variantes, com alta taxa de transmissão, resultando em exaustão de serviços e trabalhadores de saúde e um número inaceitável de óbitos. Medidas necessárias e urgentes de contenção e restrição da circulação de pessoas foram adotadas nos municípios de Belo Horizonte e de Montes Claros para evitar o colapso do sistema de saúde”, justificam a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira em nota encaminhada à comunidade da UFMG nesta sexta-feira, dia 12.
Segundo o comunicado, a medida vai vigorar nas duas próximas semanas. “Tal medida se faz necessária para proteger vidas e colaborar com o esforço coletivo pela saúde, em uma atitude de respeito e solidariedade, quando a circulação de pessoas em espaços e transportes públicos precisa ser limitada ao mínimo estritamente necessário. Seguimos acompanhando rigorosamente o cenário epidemiológico em Belo Horizonte e em Montes Claros. Esperamos poder retornar à etapa 1 com maior segurança, o mais breve possível, considerando a relevância de todas as atividades desenvolvidas na UFMG”, afirmam os gestores.
Sandra Goulart Almeida e Alessandro Fernandes reiteraram a necessidade de intensificar as medidas de prevenção, como o uso de máscaras em todos os ambientes, higiene frequente das mãos e a contraindicação absoluta de qualquer forma de aglomeração. O Monitora CovidUFMG e o Telecovid-19 permanecerão em atividade para apoio à comunidade.
Vacinação
Na nota, a reitora e o vice-reitor também destacaram que a UFMG está contribuindo com o processo de vacinação em Belo Horizonte, colocando o campus Pampulha à disposição das autoridades locais para a criação de postos de drive-thru, de acordo com os critérios de prioridade estabelecidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e com a sequência estabelecida pela Secretaria Municipal de Saúde. “Infelizmente, as vacinas ainda estão escassas, e nos cabe zelar pelo respeito à prioridade estabelecida, que visa, neste primeiro momento, preservar a capacidade dos serviços de saúde, evitar mortes por desassistência e atender aos mais vulneráveis", ressaltaram.
O plano e suas etapas
Anunciado em setembro, o plano de retorno prevê quatro etapas (0 a 3) de evolução do retorno presencial das atividades não adaptáveis. Cada etapa é definida pelo número máximo de pessoas (servidores, estudantes e trabalhadores terceirizados) que circulam na unidade simultaneamente, representando um teto de ocupação para cada setor ou espaço físico. O objetivo é reduzir significativamente o número de pessoas em circulação em cada unidade e garantir condições para o distanciamento social, implementação progressiva do monitoramento e controle de surtos.
Na etapa 1 (estágio em que a UFMG se encontra até o momento), o teto de ocupação é de 20%. O critério de percentagem das equipes deverá ser combinado ao da viabilidade de distanciamento social. Na segunda etapa, o limite deverá subir para 40%. Para isso, será necessário que a cidade esteja em alerta verde, no mínimo, há dois meses e que não tenha ocorrido surto da doença na UFMG.
O aumento gradual das atividades presenciais até o retorno pleno – etapa 3 – estará condicionado ao controle da pandemia ou à existência de vacina eficaz e disponível para ampla cobertura da população.
A evolução para um novo estágio é autorizada pela Reitoria, com base nas avaliações da assessoria do Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus e na análise da Comissão de Acompanhamento do Conselho Universitário, e orientada pelos indicadores epidemiológicos e assistenciais das cidades, pelo grau de adesão da comunidade da UFMG às medidas comportamentais e pela ausência de surtos.