Institucional

Universidades públicas mineiras defendem adiamento do Enem

Documento divulgado pelo Foripes destaca que manutenção da data tradicional, em 2020, pode gerar graves prejuízos para estudantes e instituições

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Sala de prova do Enem: data mais oportunaWilson Dias / Agência Brasil

As universidades e institutos federais mineiros, o Cefet-MG e as instituições do estado (UEMG e Unimontes) defendem o adiamento da edição de 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em razão da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. A posição foi manifestada por meio de carta aberta divulgada nesta segunda-feira, 18 de maio, pelo Fórum de Instituições Públicas de Ensino Superior (Foripes-MG).

O documento destaca que o Enem é “importante ferramenta de democratização de oportunidades para o acesso ao ensino superior”, mas que o momento atual exige esforço pela prevenção e mitigação dos danos causados pela pandemia de Covid-19. “Os custos das situações extremas tendem a recair com mais força sobre os mais pobres, acentuando ainda mais as desigualdades. É também conhecida a dificuldade de acesso à educação de muitos brasileiros, que só tende ao agravamento com a pandemia de Covid-19”, diz o documento.

Para os dirigentes das instituições públicas de ensino superior mineiras, insistir em manter, neste ano, a data tradicional do Enem pode trazer graves prejuízos aos estudantes e às instituições. Eles pedem que "o Enem 2020 seja adiado para uma data mais oportuna, a ser definida tão logo o quadro atual seja mais bem compreendido e possamos, de forma segura, realizar o exame dentro de condições mais favoráveis e justas”.

Eis a íntegra do documento:

Medidas no mundo
Levantamento feito pelo Instituto Unibanco, com base em informações coletadas em 27 países, revela que, em grande parte deles, a decisão é por adiar exames educacionais, nos vários níveis de ensino, em razão das medidas de contenção da pandemia de Covid-19.

Segundo o estudo, entre outras soluções, há casos de cancelamento das provas de âmbito nacional, com adoção de métodos alternativos de avaliação, e alterações no conteúdo dos exames.

Apenas cinco dos 27 países analisados mantiveram as datas das avaliações de acesso à universidade. E, nos casos em que a agenda dos exames está confirmada, os governos têm tomado precauções contra os riscos de infecção, cumprindo protocolos recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Leia mais.