Vida e trabalho remoto na pandemia é tema da Semana do Servidor
Programação, que terá início nesta segunda, 26, terá troca de experiências, conversas sobre saúde e tecnologia e atividades de cultura e lazer
A convicção de que há muito o que refletir e conversar sobre a mudança significativa que os trabalhadores da UFMG vivenciam desde março deste ano orientou, de forma natural, a definição do tema que vai dominar a Semana do Servidor 2020: Vida e trabalho remoto em tempos de pandemia e de pós-pandemia. De segunda a sábado da próxima semana (26 a 31 de outubro), docentes e técnicos da Universidade vão participar de sessões de relatos de experiências, conversas sobre saúde, tecnologia e projeções para o pós-pandemia. Haverá também atividades de cultura, esporte e lazer.
O evento é realizado pela Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH), em parceria com a Assufemg, associação que congrega os servidores da Universidade, e os sindicatos dos servidores técnico-administrativos (Sindifes) e dos professores (Apubh). A abertura da Semana será às 9 horas de segunda, com a presença da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, da pró-reitora adjunta de Recursos Humanos, Leônor Gonçalves, e de dirigentes de entidades parceiras.
"Esse encontro, que ocorre tradicionalmente em outubro, é uma chance especial, sete meses depois do início da pandemia, de a comunidade de servidores se reunir para falar sobre essa experiência tão inesperada quanto desafiadora", afirma Sandra Goulart Almeida. "Temos todos aprendido muito, e, por isso, há muito que contar e discutir. Sabemos que não tem sido fácil para nossa comunidade e nossos servidores; por esse motivo – e porque abre a possibilidade de debater os problemas e pensar juntos em soluções –, esse evento é tão necessário e relevante."
A reitora destaca ainda "a extrema dedicação dos servidores docentes e técnico-administrativos em educação da UFMG neste período". "Esperamos que a Semana do Servidor UFMG 2020 seja acolhedora e produtiva. As reflexões nos ajudarão a prosseguir no esforço conjunto de viver esses tempos excepcionais de pandemia de forma mais solidária e positiva", diz.
A pró-reitora adjunta de Recursos Humanos, Leônor Gonçalves, coordenadora da Semana do Servidor, ressalta que a equipe responsável pelo planejamento do evento identificou a necessidade de pôr em pauta a situação atual, com espaço para a manifestação de diversos pontos de vista. “Vamos tratar de aspectos positivos e negativos, obstáculos, desafios e oportunidades”, diz.
Experiências, ações e resultados
Os dois primeiros dias de programação serão dedicados à troca de experiências no âmbito interno (o acesso aos painéis será restrito à comunidade acadêmica). Na segunda-feira, os servidores farão relatos de suas experiências e discutirão possibilidades, ações para superação de desafios e avaliarão resultados. Haverá uma mesa para gestores e outra para trabalhadores em geral. Na terça, os encontros terão o mesmo objetivo, mas com ênfase na área da saúde. “Muitos profissionais precisaram manter o trabalho presencial, inclusive para atendimento a pacientes de covid-19. Isso cria uma situação particular, que envolve medo de contaminação, preocupação com a família”, salienta Leônor Gonçalves.
Na quarta-feira 28, gestores das áreas de educação a distância, metodologias de ensino, comunicação e dirigentes do Sindifes e da Apubh vão abordar a questão das tecnologias e soluções diversas aplicadas às demandas criadas pelo trabalho remoto. Os participantes deverão indicar o que foi mais útil, o que não esteve disponível e as dificuldades e oportunidades criadas nesse campo pela necessidade repentina de transferir as atividades profissionais para os domicílios dos servidores.
Qualidade de vida no trabalho será o assunto da mesa da quinta-feira, 29. Professores da Medicina e da Enfermagem e uma psicóloga da PRORH vão abordar, entre outros aspectos, diferentes tipos de impacto na saúde do trabalhador, números que traduzem a situação de saúde mental e medidas de enfrentamento.
Futuro do teletrabalho
O último dia de debates será dedicado ao trabalho remoto, propriamente, incluindo o futuro dessa modalidade, tanto no âmbito do governo federal, de forma geral, quanto particularmente na UFMG. Representantes do Ministério da Economia, da Controladoria Geral da União (CGU) – órgão que já conta com um sistema de teletrabalho – e dos sindicatos vão se juntar ao professor Márcio Túlio Viana, da Faculdade de Direito da UFMG, para falar de experiências consolidadas, regulamentação, implicações éticas e jurídicas.
Leônor Gonçalves ressalta que o governo tem uma proposta relacionada ao trabalho remoto que é bem distinta da situação de emergência provocada pela pandemia do novo coronavírus. “Mudanças relacionadas a esse tema estão sendo planejadas com base em medidas de monitoramento, sistema informatizado e critérios muito bem estabelecidos para atender aos interesses das instituições e dos servidores”, afirma a pró-reitora adjunta, acrescentando que é preciso estar atento às diferentes experiências. “O trabalho remoto tem sido visto por alguns como solução, mas para outros representa uma invasão da vida privada.”
A programação da Semana do Servidor prevê também cafés virtuais, que promoverão encontros pra bate-papos entre servidores, sessões de pilates e exercícios de ergonomia, oficinas de jogos eletrônicos e sobre a síndrome de burnout (esgotamento pelo trabalho), apresentações do Grupo Sarandeiros (Dançando em casa) e dos servidores-cantores Lu Mosqueira, do Instituto de Ciências Exatas, e Teddy, do Instituto de Ciências Agrárias, em Montes Claros.
Os eventos e atividades serão transmitidos pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários no YouTube.
Conheça a programação.
Outras informações estão disponíveis na página da PRORH.