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O papel da empresa júnior na graduação

Com o desemprego aumentando e o surgimento de novos processos de trabalho, emergem novas exigências referentes à formação e requisitos para se ocupar um lugar no mercado de trabalho. O ensino passa a ser exigência básica, e primordial, além de condição essencial para que o profissional seja empregável. Todavia, o ensino básico já não é suficiente para atender às constantes e freqüentes mudanças. É preciso buscar soluções que mantenham os profissionais atualizados e, mais do que isso, emerge a necessidade de ensinar a esses profissionais o próprio ato de se buscar aprender a aprender, de se manter informado, flexível, criativo e empregável. 

Percebe-se que neste contexto a formação de profissionais bem preparados para o mercado de trabalho passa a ser, entre outros fatores, também uma questão de integração de conhecimentos teóricos e experiência prática. Seja por iniciativa da própria instituição, de professores ou alunos, o que se tem buscado é a criação de espaços e oportunidades que possibilitem uma melhor qualificação dos universitários. É portanto, nesse contexto que se enquadra o Movimento Empresa Júnior. As empresas juniores são associações civis sem fins lucrativos que prestam serviços de consultoria e assessoria a micros, pequenas e médias empresas. Atuando em diversas áreas, são gerenciadas por alunos e supervisionadas por professores. 

As mais de 250 empresas juniores distribuídas em todo Brasil apresentam-se como instrumentos que possibilitam uma intensa aprendizagem aos consultores juniores que delas participam. 

A experiência prática na área de formação advinda dos projetos realizados, somada à vivência de se gerenciar uma empresa, desenvolve habilidades como iniciativa, autoconfiança, julgamento crítico, visão interdisciplinar, empreendedorismo, entre outras, que são requisitadas pela nova ordem do mercado de trabalho. 

Pode-se perceber que, na atual conjuntura de mercado, mesmo a formação universitária já não garante empregos ou formas alternativas de ocupação a ninguém. Assim, convictas dos benefícios das empresas juniores para estudantes, professores e instituições de ensino, acreditamos que os alunos devem buscar formas de inserção no mercado de trabalho estando ainda em graduação. 

Outra solução é o incentivo a uma formação generalista, onde os futuros profissionais, além de terem conhecimentos específicos dentro de sua área de atuação, terão também domínio de áreas afins. E, ainda, a realização de projetos de ensino a distância, que possibilitam à comunidade universitáia desfrutar de vantagens de um sistema educacional avançado e com grandes possibilidades de crescimento. Existem diversas implicações e complicações para este tipo de solução, tal como acontece para tudo que é inovação. No entanto, universidades e universitários que souberem ousar estarão mais aptos a aproveitar oportunidades.

Juliana Barbosa e Oliveira e Júnia Marçal Rodrigues - estudantes do 10º período de Psicologia e consultoras juniores da RH Consultoria Júnior UFMG