UFMG já tem proposta de autonomia

Diversidade sem limites no Centro Cultural

Prestes a comemorar a sua primeira década de vida, o Centro Cultural UFMG, na Praça da Estação, já se faz presente numa importante parcela de atividades do calendário oficial da cidade. 

De portas abertas o ano inteiro, por suas salas e galerias passam trabalhos de novos talentos e de artistas consagrados dentro e fora do país. No Centro Cultural, o público encontra ofertas que variam de artes plásticas a artes cênicas e que se estendem a outras áreas como literatura, música e dança. A diversidade de projetos delineia um espaço eclético que não impõe limite de idade, sexo, cor ou classe social. 

Se, para o público, o Centro Cultural não tem pompa nem fronteiras e, conseqüentemente, não intimida, na versão do artista o que prevalece ao longo dos anos é a liberdade de criação e de transformação do espaço segundo as diferentes concepções individuais de arte. No Galpão Guaicurus, o piso já permitiu ao artista plástico Máximo Soalheiro abrir crateras de aproximadamente dois metros de largura e um de profundidade, para mostrar suas cerâmicas incandescentes. 

O 25º Salão Nacional de Artes, realizado entre dezembro de 1997 e março deste ano, é outro exemplo de transformação de estruturas. Todas as salas e a galeria passaram por modificações para receber as obras.

Dez anos

No pátio interno, o cenário muda de acordo com o tipo de evento. De segunda a sexta-feira, o pátio abriga o Projeto Leitura, aberto ao público de meio-dia às seis da tarde, com jornais e revistas de circulação local e nacional. E, nas noites de sexta-feira, no período de abril a outubro, o público vê o pátio sendo transformado em palco para receber o Sexta Sintonia, projeto realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura. 

O mesmo pátio serve para receber obras de arte, como as esculturas do alemão Robert Chad, para promover lançamentos de CD, como o Enrola Bola, de Rubinho do Vale, ou, ainda, para encenar peças de teatro adulto e infantil. É também um espaço cedido pela direção do Centro Cultural para inscrição e divulgação de concursos públicos, por onde passam centenas de pessoas. 

Em 1999, na Galeria e nas salas Ana Horta e Celso Renato de Lima, a diretora Beatriz Dantas vai manter a política de mesclar artistas emergentes com convidados especiais, a exemplo do que aconteceu este ano com a mostra de desenhos de Álvaro Apocalypse, ou a exposição de fotografias de Antonio Saggese e Luiz Palma. Outros que exibiram seus trabalhos, como convidados, foram o artista plástico Clébio Maduro (monotipias) e o escritor Sebastião Nunes (objetos e lançamento de livro). 

Paralelamente às exibições, Beatriz Dantas quer promover palestras com os artistas convidados. Os projetos Em Nome da Arte e Em Dia com a Ciência, inviabilizados este ano por falta de recursos, retornarão em março do ano que vem. São palestras semanais, geralmente feitas por especialistas da UFMG, voltadas para a comunidade estudantil e público em geral. 

Uma programação especial está prevista para o primeiro semestre de 1999, quando o Centro Cultural comemorar o seu décimo aniversário.

Jornalista do Centro Cultural UFMG
 

Programação de férias

Até 13/12 - XI Integrarte: exposição de estudantes de Belas-Artes. Curadoria: professor Antônio Eustáquio. 

Exposição PAD in progress: mostra de trabalhos de 24 expositores, incluindo professores, alunos e artistas consagrados. Curadoria: professor Marcos Hill. 

14/12 - Apresentação do Coral da Fale, às 20h30 

15/12 - Apresentação do Coral Minas Canta, às 20 horas 

17/12 - Abertura da exposição dos premiados no concurso Colação de Estudante, promovido pela Fump, às 20 horas 

17/12 a 3/01 - Exposição de instalações de José Wenceslau Corais; exposição de David Zepter e exposição de pinturas e objetos de Mônica Barki

Zilda Martins