Já está definido o plano de recuperação do edifício Borges da Costa, no campus Saúde. Destinado ao atendimento hospitalar para tratamento de câncer, como manda o termo de doação da família, o prédio deverá abrigar ambulatórios, o serviço de saúde ocupacional das unidades acadêmicas sediadas no centro de Belo Horizonte e alguns hospitais-dia. 

Segundo o diretor do Hospital das Clínicas, professor Joaquim Antônio César Mota, o espaço do Borges da Costa será essencial para a redistribuição de funções do Complexo HC. "Exceto o setor central, que é a área de internação, os outros seis prédios estão saturados", diz o diretor. 

O Hospital das Clínicas já reservou R$ 650 mil de recursos próprios para a obra. Mas as exigências legais mostram que a reforma do Borges não é tarefa simples. Por ser um prédio tombado, a recomposição deve respeitar as normas do Patrimônio Histórico. Além disso, para funcionar como hospital, precisa se adequar às normas da Vigilância Sanitária. "Nossa proposta é que o Patrimônio Histórico acompanhe permanentemente as obras", informa o diretor. 

A primeira etapa será a recomposição do telhado, sob a orientação de profissionais do Departamento de Planejamento Físico e Obras da UFMG. Outro passo será a restauração das esquadrias da fachada, com a substituição das peças que estiverem deterioradas. 

Mais do que uma simples restauração, a reforma dos 3.300 metros quadrados do Borges da Costa exige cuidados especiais, pois trata-se de adequar um prédio de 1927 à realidade do ano 2000. Entre os serviços, está prevista a renovação das redes de água, luz e telefone e a instalação de material de informática e de todo o conjunto de equipamentos ambulatoriais.