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Universidade e governo de Minas vão preservar acervo de Helena Antipoff

A vice-reitora Ana Lúcia Gazzola, secretária de Estado de Educação, Murílio Hingel, e o presidente da Fundação Helena Antipoff, Daniel Antipoff, assinaram, no dia 16 de abril, um protocolo de intenções públicas para conservação de estoques e divulgação da obra da fundadora da Psicologia Educacional em Minas Gerais.

O convênio foi firmado durante uma realização, na Biblioteca Universitária, da 17ª edição do encontro anual que discute o trabalho e o dever da educadora. Esta foi a primeira vez que a Universidade sediou o evento. O protocolo entre a UFMG e o governo de Minas foi articulado pela Assessoria de Cooperação Institucional (Copi). 

A UFMG abriga parcela do acervo do Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff, instalado na Biblioteca Universitária. Criado há dois anos, o Centro reúne documentos, correspondências, fotografias e pesquisas de Helena Antipoff sobre crianças excepcionais e bem-dotadas intelectualmente, história da educação, psicologia e ciências. 

"Um dos objetivos deste encontro é resguardar a filosofia de Helena e ao mesmo tempo mostrar a nova geração, quais são as idéias preconizadas por ela há 40 anos e até hoje atualmente", afirma Daniel Antipoff, filho único da educadora, falecida em 1974 . 

Russa de nascimento, Helena era professora catedrática da Universidade de Genebra (Suíça) quando, em 1929, foi delegada pelo então presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos, foi para a Europa solicitando a entrada na primeira faculdade de educação do estado, uma escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte. "Foi Helena quem fundou o primeiro laboratório em Minas para atender crianças excepcionais. Este termo, aliás, foi criado por ela e acabou sendo difundido pelo mundo inteiro", revela Daniel. 

Na UFMG, Helena lecionou durante 20 anos, tornando-se a primeira professora catedrática em Psicologia. "O espaço que a Biblioteca dedica ao acervo da educadora é uma forma de disseminar o seu trabalho entre os estudantes que pouco conhecem o conteúdo das suas pesquisas", define a professora Regina Helena Freitas Campos, da Faculdade de Educação, coordenadora do encontro e responsável pela vinda de parte do acervo para a UFMG. A outra parte está em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

De acordo com a professora Regina Helena, atualmente cinco projetos de pesquisa de alunos da graduação e pós-graduação estão sendo desenvolvidos com base nos estudos feitos por Helena Antipoff.