A família cresceu

Semana de festa na educação básica

Coltec e CP comemoram 50 e 65 anos de fundação

Qualificação do corpo docente, que conta com 80% de doutores, e laboratórios modernos são alguns dos atributos que conferem excelência ao Colégio Técnico da UFMG, que inicia as comemorações de seus 50 anos de fundação. A unidade foi criada em 1969, por meio de convênio entre a UFMG, o Conselho Britânico, o Ministério da Educação e o CNPq, para ser um centro de disseminação do ensino técnico em Minas Gerais. Parte dessa história será relembrada em cerimônia nesta quinta-feira, 25, às 19h, no auditório do CAD 3. Haverá lançamento de selo comemorativo e exibição de vídeo produzido pela TV UFMG.

Laboratório do Coltec
Laboratório do Coltec Augusto Lacerda | UFMG

“Nossa localização privilegiada no campus Pampulha contribui para aproximação dos alunos com a graduação e a pesquisa, ao mesmo tempo em que colaboramos com a Universidade na formação dos estagiários das licenciaturas”, afirma a diretora Kátia Pedroso Silveira. Coltec, Centro Pedagógico (CP) e Teatro Universitário (TU) integram a Escola de Educação Básica e Profissional (Ebap) da UFMG. 

De acordo com o professor José Eduardo Borges Moreira, membro da comissão organizadora dos eventos, a comemoração tem o objetivo de promover o reencontro de pessoas que participaram da trajetória do Colégio e convidá-las para contribuir com o resgate histórico por meio da reunião de documentos, fotografias edepoimentos. “Acreditamos que servidores aposentados e ativos podem nos ajudar nesse trabalho, que é fundamental para preservarmos a memória da escola e para divulgarmos o ensino diferenciado que oferecemos”, pontua o professor.

O Coltec possui 36 metros lineares de documentos institucionais, volume que está sendo organizado pela servidora Marcia Bolina. “De acordo com tabela de temporalidade do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) e das Instituições Federais de Ensino, alguns documentos devem ser guardados por até 52 anos. Então precisamos estabelecer diretrizes, empregar e divulgar práticas adequadas de conservação”, afirma a servidora.

A programação segue com a exibição, ainda neste mês, de filmes e fotos na fachada digital do Espaço do Conhecimento UFMG. Outras atividades serão definidas posteriormente.

Centro Pedagógico

Outra unidade da Ebap, o Centro Pedagógico ­também está em festa pelos 65 anos de fundação do antigo Ginásio de ­Aplicação da UFMG, embrião do CP. O diretor Roberson de Sousa Nunes destaca o papel da unidade como “escola-modelo e referência na formação de professores de educação básica”. ­Segundo ele, cerca de 300 estudantes de licenciatura da UFMG e de outras universidades realizam seus estágios e monitoria no CP, todos os anos, sob orientação dos 65 professores efetivos. “Esse trabalho qualificado, direcionado à formação de crianças e adolescentes, contribui para o fortalecimento da educação básica, o que, consequentemente, refletirá no ensino superior”, afirma.

Sala de aula do Centro Pedagógico
Sala de aula do Centro Pedagógico Luiza Ananda | UFMG

“Celebrar os 65 anos significa retomar a história e unir, pelo afeto, pela arte e pelo entrosamento, os quatro pilares da escola: família, alunos, servidores e professores. É também uma forma de tornar nossa atuação no ensino, pesquisa e extensão conhecida pela própria comunidade acadêmica”, afirma a professora Silvia Amélia Nogueira de Souza, que integra a comissão das festividades. “A atuação do CP se destaca desde o processo de seleção dos alunos – que inicialmente se dava por meio de provas de conhecimentos e agora, por sorteio – até a concepção do ensino em ciclos e a formação de futuros professores”, ­complementa.

Neste sábado, 27 de abril, está programado um reencontro de gerações de alunos e servidores, que terá início com um café da manhã compartilhado, seguido de apresentação do grupo Serelepe, coordenado pelo ex-professor do CP Eugênio Tadeu, e de grupo musical formado por alunos da ­Unidade. Será fechada uma cápsula do tempo contendo informações, objetos e frases com expectativas sobre a próxima década na escola.

Cada um dos três ciclos de ensino ­prestará sua homenagem ao CP, com exposição de colcha de retalhos produzida pelas famílias, plantio de árvore e um varal de memórias, com ­produções textuais, documentos e fotografias.

De junho a agosto, a Biblioteca Central abrigará a exposição CP 65 anos, com objetos, mobiliário, documentos e fotos da escola. A ideia é estimular reflexão sobre o passado e o futuro da unidade. Em agosto, a segunda mostra de vídeos exibirá o resgate da memória escolar. 

Encontros periódicos continuarão a ser promovidos com ex-alunos para partilha de suas experiências. A campanha no Facebook, Minha melhor lembrança do CP, segue até o dia 31 de maio e recebe vídeos com relatos de ex-alunos e servidores. 

Teresa Sanches