Sinônimo de inovação

Sonho e realidade em Apocalypse

Multiartista e ex-professor da Escola de Belas Artes é homenageado com exposição de desenhos e pinturas no saguão da Reitoria

Nesta segunda-feira, 14, às 18h, a Diretoria de Ação Cultural da UFMG inaugura, no saguão do prédio da Reitoria, a exposição Sonho e realidade: homenagem a Álvaro Apocalypse. Uma sala especial vai abrigar desenhos e pinturas do artista plástico e professor da Escola de Belas Artes, falecido em 2003, e de 16 de seus ex-alunos da década de 1970. A exposição tem entrada franca e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, até o dia 30 de março de 2020.

Tela de Álvaro Apocalypse que será exposta na Reitoria
Tela de Álvaro Apocalypse exposta na Sala de Sessões da Reitoria Foca Lisboa / UFMG

Fundador, em 1970, do Giramundo, grupo de teatro de bonecos, Álvaro Apocalypse também foi pintor, ilustrador, gravador, desenhista, diretor de teatro, cenógrafo, museólogo e publicitário. Sua carreira como docente foi iniciada em 1959 na Escola de Belas Artes, onde se tornou professor titular em 1981. Um de seus alunos, Geraldo Roberto da Silva, teve a ideia de montar a exposição em sua homenagem depois de ter sonhado com o antigo mestre.  “Sonhei com Álvaro e senti que ele me passou uma incumbência, não obrigatória, mas uma sugestão agradável. Acordei com a ideia batucando na minha cabeça. E hoje estamos aqui, cumprindo a boa sugestão que recebi”, conta.

A exposição, que tem curadoria dos professores da Escola de Belas Artes Beatriz Coelho e Fabricio Fernandino, também tem obras de ex-alunos de Apocalypse: Canuta Duque, Claudia Marinuzzi,  Elizabeth Calil, Erli Fantini, Geraldo Roberto da Silva, José Alberto Nemer, Joyce Brandão, Liliane Romanelli,  Lúcia Marques (in memoriam), Márcia Meyer Guimarães, Maria José Vargas Boaventura, Olímpia Couto, Rosângela Ferreira, Rosana Mendes Campos, Sandra Bianchi e Thalma de Oliveira.

De acordo com os curadores, a homenagem se pauta em um corte histórico, pontuando, por meio de uma linha do tempo, a evolução da obra desse mestre do desenho. As obras foram cedidas pelo Acervo Artístico da UFMG, pelo Acervo Apocalypse e pelo Grupo Giramundo, além de coleções particulares e de familiares do artista plástico.

A data de abertura da exposição, às vésperas do Dia do Professor, também foi intencional, segundo os curadores. “Trata-se de uma ação simbólica, por meio da qual a UFMG estende a todos os professores o reconhecimento do papel fundamental de cada um para a formação de pessoas preparadas para a vida e construtores de uma nação mais justa e democrática.”

Trajetória

Álvaro Brandão Apocalypse (1937-2003) estudou litografia e gravura em metal na Escola Guignard e iniciou o curso de Direito na UFMG, em 1956. Três anos depois, passou a integrar o corpo docente da recém-criada Escola de Belas Artes da UFMG, lecionando disciplinas de Desenho e Pintura. Tornou-se professor titular em 1981, participando efetivamente da vida artística dentro e fora da universidade, até a sua aposentadoria. 

Em 1970, Apocalypse fundou o Grupo Giramundo, de teatro de bonecos, instalado por um longo período nas dependências da UFMG. O grupo tem, até hoje, presença marcante em edições do Festival de Inverno da Universidade, com produções de peças de sucesso e reconhecidas internacionalmente.

[Com Assessoria de Comunicação da Diretoria de Ação Cultural]

O artista e suas criações do Grupo Giramundo
O artista e suas criações do Grupo Giramundo
 Foto: Grupo Giramundo