Tributo à arte feminina

Destino certo

UFMG mantém cronograma anual de coleta de resíduos; eletrônicos serão recolhidos na próxima semana

Nos dias 15 e 16 de março, serão recolhidos, no campus Pampulha, resíduos eletroeletrônicos como monitores, teclados, mouses, laptops, CPUs, rádios, impressoras, telefones, eletrodomésticos e materiais de comunicação e de informática. Integrantes da comunidade universitária poderão entregar equipamentos pessoais nas unidades acadêmicas ou diretamente no Departamento de Gestão Ambiental (DGA), órgão da Pró-reitoria de Administração.

O material institucional deve ter sido submetido a processo de desfazimento pelo setor de patrimônio de cada unidade. No ato da coleta, os responsáveis deverão assinar termo de compromisso fornecido pelo DGA, atestando que todo o lote está despatrimoniado.

A coleta de eletroeletrônicos é realizada desde 2013, com frequência trimestral. Os resíduos são doados a empresa especializada, pois as associações e cooperativas de reciclagem habilitadas não trabalham com esse tipo de material.

A iniciativa é parte do cronograma anual da Divisão de Gestão de Resíduos do DGA, que também recolhe, em datas específicas, poliestireno (isopor) para reutilização, pilhas e baterias, cartuchos e tôneres, vidros, cumprindo a logística reversa para esses resíduos, que são submetidos a criterioso gerenciamento, com o intuito de minimizar riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

De acordo com o diretor do DGA, Túlio Vono Siqueira, esse trabalho está em sintonia com a legislação vigente – Licenciamento Ambiental do campus Pampulha e Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Especiais (PGRSE) –, que concentra as diretrizes para gestão de resíduos na UFMG. A coleta e destinação correta dos resíduos gerados configuram-se como de natureza indispensável. Sua paralisação pode causar prejuízos ao desenvolvimento das atividades acadêmicas e de serviços de saúde da Universidade e riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Coleta seletiva
Uma das principais iniciativas da Divisão de Gestão de Resíduos (DGR) do DGA é o Programa de Coleta Seletiva Solidária, realizado em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e com o Decreto 5.940/2006, que determina a segregação, na fonte geradora, dos materiais recicláveis descartados pelos órgãos da administração pública federal, bem como a sua destinação a associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Como explica o chefe da DGR, Ricardo Sales, a coleta seletiva na UFMG é feita em cada unidade, por meio das gerências de resíduos e dos serviços gerais, que providenciam locais próprios para acondicionamento dos recicláveis. O transporte desse material para cooperativas e associações habilitadas pela UFMG ocorre duas vezes por semana.

Químicos
Os resíduos químicos gerados nas atividades de ensino e pesquisa são recolhidos sistematicamente pelos geradores, em embalagens devidamente rotuladas, inventariados e encaminhados para os entrepostos de cada unidade, de onde são recolhidos pelo DGA, para tratamento e disposição final adequada. Em 2017, foram enviadas para tratamento 24,6 toneladas desse tipo de resíduo.

Resíduos eletroeletrônicos são recolhidos trimestralmente na UFMG
Resíduos eletroeletrônicos são recolhidos trimestralmente na UFMG Foca Lisboa/UFMG

Criado em 2011, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos Perigosos (PGRQ) abrange ações como implementação de procedimentos operacionais para descarte e acondicionamento, treinamento dos usuários e realização de coletas por empresa especializada para tratamento e disposição final dessas substâncias.

No campus Pampulha, há unidades que geram grandes volumes de resíduos químicos, como o Departamento de Química, as escolas de Engenharia, Farmácia e Veterinária e o Instituto de Ciências Biológicas. Nelas, as coletas ocorrem a cada quatro meses, e o volume reunido é de três a seis toneladas por ano. Em unidades com pequena geração de resíduos, a coleta acontece anualmente.

Outros materiais
Responsável pelo gerenciamento dos materiais, a Universidade também lida com Resíduos Sólidos Especiais (RSE), Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), resíduos orgânicos (restos de alimentos) e coleta de lâmpadas fluorescentes.

Todas as unidades geradoras de RSS com risco biológico têm seu próprio plano de gerenciamento, como exige a legislação, com etapas de identificação, segregação, quantificação, manejo e destinação final específica para cada grupo desses resíduos. Alguns devem receber tratamentos como autoclavação ou incineração, que garantam sua inativação microbiológica antes da disposição final em aterros.

Há 13 papa-pilhas distribuídos em unidades do campus Pampulha, incluindo o Restaurante Setorial II, a Biblioteca Central, a Reitoria e a Praça de Serviços. Periodicamente, a equipe da DGR recolhe as pilhas trazidas pela comunidade universitária e as encaminha para empresa responsável pela logística reversa. Em 2017, foi encaminhada para destinação adequada 1,3 tonelada desse material.

Anualmente, são coletadas cerca de 50 mil lâmpadas fluorescentes geradas na Instituição. A prestação de serviços é realizada de forma contínua, por empresa especializada, licenciada para coleta, transporte, descontaminação e recuperação dos materiais constituintes de lâmpadas fluorescentes e multivapores, para que sejam tratados ou reaproveitados em seu próprio ciclo produtivo ou no de outros produtos.

Ana Rita Araújo