Exposição no Centro Cultural combina arquitetura e poesia
A exposição Poematéria: arquitetura da palavra, do arquiteto João Diniz, aberta nesta quinta, dia 19 de maio de 2022, permanecerá até 26 de junho no Centro Cultural UFMG. Com entrada gratuita e classificação livre, a mostra poderá ser visitada de terça a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h, na Grande Galeria. Não é necessária inscrição prévia. Poematéria reúne diversas expressões do texto poético nos mais variados suportes, fugindo a tradicionalidade da folha de papel.
Quatro salas abrigam os trabalhos do artista. Na primeira, localizada próximo à entrada, está a série ManusGritos, com desenhos e pinturas que exploram as possibilidades da caligrafia. Ali também é exposta a série A que é, de textos poéticos que refletem a percepção do autor acerca do universo feminino. Haverá mesas expositoras nas quais será possível conhecer livros do artista, CDs, DVDs, poemas objetos e poemas tácteis — cuja escrita poética é combinada a instrumentos que o público poderá manipular.
No centro da galeria, em uma espécie de local de convívio, serão expostos os Primas líricos, obras que combinam a escultura e a poesia em peças em aço, sobre as quais o texto se apresenta. A série Enferrujados reúne pinturas "feitas" pela deterioração do aço na chuva. No mesmo espaço, aparelhos de televisão exibem clipes e videopoemas que mostram os trabalhos audiovisuais do autor.
Duas das salas da Grande Galeria serão destinadas aos desdobramentos de trabalhos anteriores de João Diniz, realizados em parceria com a também arquiteta Bel Diniz. Na sala denominada Tipogramas, serão dispersas no teto, nas paredes e no chão grandes letras que compuseram a instalação Cuboesia e jardim de aço, montada em 2019 nos jardins do Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte, e pinturas que as tiveram como moldes.
A outra sala, que recebe o nome de Decifráveis, expõe pinturas com textos nos quais as letras são sobrepostas, em uma espécie de hieróglifo contemporâneo, como descreve o autor. O espaço também recebe grandes faixas com palavras escritas com formas geométricas e cores diversas, que provocam impacto estético e possibilitam a leitura visual e a literária. Essa proposta reinterpreta a instalação Poéticas leituras, ação de arte urbana apresentada na Festa da Luz de BH, em 2021.