Documentário ‘Sonhos no chão, sementes da educação’ é premiado no festival CineBaru
Filme de diretor mineiro retrata o que significou a derrubada da Escola Popular Eduardo Galeano para as famílias despejadas do acampamento Campo Grande, em Minas Gerais
![Reprodução / YouTube Jornalistas Livres Curta foi escolhido como um dos dois melhores filmes da mostra](https://ufmg.br/thumbor/hoxEJXXvXNX39aVsCvP00S47Oxc=/0x0:885x495/885x495/https://ufmg.br/storage/c/5/9/2/c59230388dd6f05da3af8bda3c4ebf32_16202500258634_298377189.jpg)
No dia 12 de agosto de 2020, 14 famílias foram despejadas do acampamento Campo Grande, no município de Campo do Meio, em Minas Gerais. O primeiro lugar a ser destruído pela reintegração de posse foi a Escola Popular Eduardo Galeano, onde crianças, adolescentes e adultos tinham acesso a uma educação contextualizada no campo. O documentário Sonhos no chão, sementes da educação, do diretor belo-horizontino Lucas Bois, conta essa história, por meio de depoimentos de educandos, educandas e representantes do setor de Formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ainda resistem no acampamento.
O filme foi um dos premiados na quinta edição do festival CineBaru - Mostra Sagarana de Cinema. Os vencedores foram revelados no domingo, 2. Entre os 36 curtas-metragens selecionados para participar da mostra, Sonhos no chão, sementes da educação foi um dos dois premiados pelo Júri Técnico como Melhor Filme. O CineBaru busca democratizar o acesso ao cinema e fortalecer a produção audiovisual do sertão-cerrado. O documentário está disponível no canal Jornalistas Livres no Youtube.
Durante entrevista ao programa Expresso 104,5 desta quarta-feira, 5, o fotógrafo, produtor e diretor audiovisual belo-horizontino que dirigiu o filme Sonhos no chão, semente da educação, Lucas Bois, contou sobre o que motivou a produção cinematográfica, sobre o processo de gravação e a importância dos depoimentos que registrou. Ele ainda reforçou que “o documentário tenta mostrar a força que é uma escola num local, o que ela representa para as pessoas e o que representa hoje a derrubada de uma escola. É muito simbólico isso. É a desvalorização de uma cultura, desvalorização da educação na vida de tanta gente”.
Produção: Enaile Almeida e Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas