Extensão

Bolsistas relatam impactos das ações de extensão nas comunidades parceiras

Estudantes acompanharam os relatos sobre as atividades de extensão
Estudantes acompanharam os relatos sobre as atividades de extensão Fotos: Gabriela Carraro / Proex

Mais de 800 alunos de graduação dos campi de Belo Horizonte e de Montes Claros lotaram o auditório do CAD1, na tarde desta quarta-feira, dia 11, durante a 15ª edição da Jornada de Extensão da UFMG. A vice-reitora Sandra Goulart Almeida, a pró-reitora de Extensão, Benigna Maria de Oliveira, e a pró-reitora adjunta de Extensão, Cláudia Mayorga, compuseram a mesa de abertura do evento, que abordou a relação entre tecnologias e sociedade.

A vice-reitora Sandra Goulart Almeida exaltou as jornadas como locais de compartilhamento de experiências, mostrando como a extensão tem acrescentado às atividades de professores, alunos, órgãos e comunidades parceiras. "A relevância da extensão reside, sobretudo, em divulgar o trabalho de produção técnico-científica, proporcionando interação de conhecimento e sociedade”, disse. “Ancorada na pesquisa e no ensino, ela é formadora e parte integrante da universidade."

Em sua exposição, a vice-reitora ainda citou o ativista norte-americano dos direitos humanos Martin Luther King para ressaltar o potencial de transformação social da extensão universitária: “Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas graças a Deus, não somos o que éramos”. Sandra Almeida chamou a atenção para a pluralidade e a diversidade da UFMG, “lugar do debate, do diálogo democrático e de defesa da democracia”.

Parte desse potencial foi demonstrada por quatro bolsistas envolvidos em ações extensionistas. Eles relataram o impacto do trabalho desenvolvido com as comunidades parceiras. Suelen Tompson Souza, vinculada ao projeto Tecnologia assistiva para educação especial, falou sobre o desenvolvimento de dispositivos que auxiliam pessoas com mobilidade reduzida.

Coordenado pelo professor Marcos Vinícius Bortolus, da Escola de Engenharia, o Paramec mantém parcerias com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) UFMG e com a Associação Brasileira de Esclerose Tuberosa. O grupo, que reúne bolsistas de áreas como musicoterapia e fisioterapia, projeta dispositivos para atender necessidades de alunos da UFMG com deficiência.

A Jornada também abriu espaço para relatos de representantes das comunidades. Leonardo Péricles, morador da ocupação Eliana Silva, no Barreiro, fez um balanço do projeto Mediação da informação na produção e no uso da moradia, coordenado pela professora Denise Morado, da Escola de Arquitetura. Segundo ele, a ocupação é formada por 287 famílias que lutam por direitos urbanos fundamentais.

Também expuseram seus trabalhos Bárbara Martins Vasconcelos Milhorato, representante do programa de extensão que focaliza o desenvolvimento e a avaliação de tecnologias educacionais em saúde, e João Pedro dos Santos, bolsista do projeto Mapeamento e monitoramento geoparticipativo de microbacias hidrográficas.

As apresentações foram seguidas de debate entre os bolsistas, com participação da pró-reitora adjunta, Cláudia Mayorga, e do professor da Faculdade de Educação Luciano Mendes de Faria Filho, coordenador do programa Pensar a Educação, Pensar o Brasil. “É preciso repensar a universidade, pensar outras possibilidades, para se construir um país mais justo e equânime”, defendeu Luciano Mendes.

A vice-reitora Sandra Goulart entre as pró-reitoras Cláudia Mayorga (à esquerda) e Benigna de Oliveira
A vice-reitora Sandra Goulart entre as pró-reitoras Cláudia Mayorga (à esquerda) e Benigna de Oliveira Foto: Gabriela Carraro / Proex

Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão