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Clube de leitura antirracista é tema de entrevista no programa Universo Literário

Grupo Editorial Pretaria luta pelo reconhecimento da literatura afro no Brasil

Evento da Pretaria Black Books, no Rio de Janeiro
Evento da Pretaria Black Books, no Rio de Janeiro Facebook / Pretaria Black Books

Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, ou o geógrafo Milton Santos. Todas essas três figuras escreveram obras importantes para o nosso país. O fato de os três serem negros ajuda a exemplificar a importância da produção literária de pessoas negras no Brasil. No entanto, apesar de o país ter uma população majoritariamente negra, autores pretos e pardos ainda sofrem com a pouca visibilidade.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2016, a população preta ou parda no Brasil corresponde a 54,9% das pessoas. Ou seja, mais da metade dos brasileiros se consideram pretos ou pardos. No entanto, esse percentual não é refletido em áreas como, por exemplo, as camadas socioeconômicas mais elevadas ou no número de pessoas que possuem acesso facilitado à educação no Brasil.

Quando o assunto é a produção literária nacional, muito foi negado a essa maioria da população: tanto para quem escreve, quanto para quem lê. Apesar de o Brasil ter um grande número de escritores negros, muitas vezes o que se observa é que eles não chegam a receber a mesma visibilidade de escritores brancos, demonstrando um racismo que é estrutural.

A fim de contribuir para mudar essa realidade, o Grupo Editorial Pretaria luta pelo reconhecimento da literatura afro. Uma das atividades desenvolvidas é o primeiro clube de leitura antirracista do Brasil.

Nesta quarta-feira, 20, Miriam Alves, que é a representante do grupo aqui em Minas Gerais, falou sobre o clube de leitura antirracista, em entrevista ao programo Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa.

Ouça a conversa com Michelle Bruck

Mais informações sobre o projeto e o clube podem ser consultadas na página da Pretaria Black Books no Facebook.

Produção de Daniel Silveira, sob orientação de Hugo Rafael