Saúde

Em vídeo para a TV UFMG, pesquisador desmitifica crenças sobre vacina bivalente contra a covid

Flávio da Fonseca, do ICB, esclarece sobre o imunizante; baixa adesão da população brasileira ao imunizante preocupa autoridades

Vacina bivalente contra a covid-19
Vacina bivalente contra a covid-19Foto: Itamar Aguiar | Secretaria de Saúde de Minas Gerais

A cobertura vacinal com o imunizante Comirnaty, da Pfizer Biontech, está estagnada no Brasil. Desde o início da aplicação para público geral e prioritário, no primeiro semestre deste ano, o índice de aplicação da vacina bivalente contra a covid-19 não superou os 18% dos brasileiros elegíveis, de acordo com dados do Vacinômetro do Ministério da Saúde consultados no dia 20 de dezembro de 2023.

A TV UFMG registrou algumas das explicações para a baixa procura pelo imunizante nos postos de saúde e levou os depoimentos do professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Flávio da Fonseca, que também é pesquisador do Centro de Tecnologia em Vacinas (CTVacinas) da UFMG. Ele desmistificou especificamente o respeito da vacina.

A bivalente é uma atualização do imunizante e protege contra mais de uma cepa do vírus Sars-CoV-2. Ela é recomendada para as pessoas que completaram o esquema básico de vacinação ou que já receberam uma ou duas doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da última dose recebida. A Comirnaty está disponível gratuitamente nos postos de saúde desde o mês de abril para o público geral acima de 18 anos, e desde fevereiro para os públicos prioritários: idosos, pessoas abrigadas em instituições de longa permanência, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema carcerário.

Segunda dose
A partir da identificação de duas novas sublinhagens do vírus da covid-19 no país, a JN.1 e a JG.3, o Ministério da Saúde passou a recomendar uma nova dose da vacina bivalente para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos que recebeu a última dose do imunizante há mais de seis meses. A medida foi tomada no dia 7 de dezembro.

Em uma rede social, a ministra Nísia Trindade afirmou que a pasta está atenta ao cenário epidemiológico da covid-19 e fez um apelo para que a população procure os postos de saúde. Pela razão das novas sublinhagens, o ministério decidiu antecipar para grupos prioritários uma nova dose da vacina bivalente. “Sempre obtivemos para que estejam disponíveis as vacinas mais atualizadas, seguras e eficazes aprovadas pela Anvisa. Em especial para pessoas em grupos de risco ou com sintomas gripais, recomenda-se maior proteção, como o uso de máscara em locais fechados e evitando aglomerações.”

Antiviral
A pasta destacou ainda que o antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível na rede pública para o tratamento da infecção por covid-19 em idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, logo que os sintomas se apliquem e haja uma notificação de teste positivo.

Subvariantes
De acordo com o ministério, a subvariante JN.1, inicialmente detectada no Ceará, vem conquistando proporção global e já corresponde a 3,2% dos registros em todo o mundo. Já a sublinhagem JG.3, também identificada no Ceará, está sendo monitorada em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiás.

“O Ministério da Saúde segue alinhado com todas as evidências científicas, com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais atualizadas para o enfrentamento da covid-19, incluindo o planejamento para vacinação em 2024, que já está em andamento”, informa o material de divulgação da pasta.

Equipe : Renata Valentim (produção, reportagem, edição de imagens e de conteúdo) e Lucas Tunes (imagens)

Com informações da Agência Brasil